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O Partido dos Trabalhadores (PT) acionou o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) processando o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), após ele associar a legenda ao caso das fraudes no INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social). No processo, protocolado na quinta-feira (8/5), o senador Humberto Costa (PT-PE) considera as declarações “ofensivas” e “prejudiciais” a imagem do partido.

Em nota, o PT disse que as declarações de Zema são falsas e não têm embasamento na realidade. A legenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda disse que o governador mineiro utilizou de forma “irresponsável” o alcance da internet para disseminar “desinformação” e atacar a honra do PT.

“O partido ressalta que a liberdade de expressão não é absoluta e não pode ser utilizada para propagar ofensas e notícias falsas que prejudiquem a imagem de terceiros. Por isso, pede, em caráter de urgência, que a Justiça determine a remoção das publicações de Zema nas redes sociais”, disse o partido.

No dia 1º de maio, feriado do dia do trabalhador, o governador publicou um vídeo com uma camisa preta escrito “1 de maio de luto”. Na época, ele questionou o que Lula estava fazendo no caso, e ressaltou a permanência do ministro Carlos Lupi (PDT) na pasta da Previdência. “O Lula tá com medo de quê? Que as investigações cheguem na companheirada?”, questionou.

Já no dia seguinte, quando Lupi pediu demissão do ministério, Zema publicou na sua conta do X (antigo twitter) uma mensagem questionando por que não houve demissão de mais ministros no governo. “Mais de R$ 6 bilhões foram desviados do INSS e só um ministro caiu? Mais uma vez, a corrupção mostra sua cara no governo do PT”, disse.

Segundo o Partido dos Trabalhadores, o governador mineiro “está tentando, de forma maliciosa, associar o PT a esses eventos”. A legenda ainda pediu que a Justiça determine a exclusão imediata das publicações de Zema.

“O PT lembra também que, embora o caso de descontos irregulares em aposentadorias e pensões esteja sendo investigado, as informações indicam que os descontos podem ter começado em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro”, completa a nota do partido.

Zema reagiu ao processo nas redes sociais dizendo apenas: “Não vão nos calar”.