A radicalização do discurso de Jair Bolsonaro sobre fraudes eleitorais e em defesa do voto impresso –  ele já chegou a afirmar que teria vencido a eleição de 2018 no primeiro turno e que Aécio Neves (PSDB) teria ganho a eleição de 2014 contra Dilma Rousseff - foi rechaçada pelo PSDB.  “Reconhecemos todos os resultados eleitorais e a segurança das urnas eletrônicas”, disse o presidente da legenda tucana, Bruno Araújo (PE), de acordo com a coluna da jornalista Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo.  

“Não há a menor contestação. Participamos da sessão do Congresso Nacional que deu posse a ela [Dilma Rousseff] sem qualquer protesto”, completou Araújo. Em 2014, o PSDB pediu uma auditoria nas urnas eletrônicas. “Ela foi feita. E o resultado foi reconhecido”, ressaltou. 

A avaliação é que, caso perca a eleição de 2022, Jair Bolsonaro vem sinalizando que poderá agir como o ex-presidente Donald Trump, que não reconheceu a vitória de Joe Biden no pleito presidencial dos Estados Unidos. Trump não reconheceu a derrota e o país vivenciou uma crise que resultou na invasão do Capitólio.