Os ex-senadores do Paraná Gleisi Hoffmann (PT) - hoje deputada federal - e Roberto Requião (MDB) - que não se reelegeu em 2018 - eram vistos pelos procuradores da Operação Lava Jato como "inimigos". É o que revelam mensagens do Telegram divulgadas nesta terça-feira 3 em novo capítulo da Vaza Jato.

"Vc se elege fácil e impede um dos nossos inimigos no Senado: Requiao ou Gleise caem", escreveu  o procurador Vladimir Aras a Deltan Dallagnol, que cogitava concorrer ao Senado no ano passado. A mensagem foi enviada em 14 de dezembro de 2016.


Dallagnol respondeu: "Não resolve o problema. Ajuda se o MPF lançar um candidato por Estado. Seria totalmente diferente e daria trabalho, mas pode ser uma das estratégias para uma saída". "No PR não precisaria ser eu rs, mas eu apoiaria fortemente essa rede de candidatos", acrescenta.

Aras então sugere outros dois nomes: o do então juiz Sergio Moro - hoje ministro de Jair Bolsonaro - e o do então procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, hoje aposentado. "Vc e Moro. Ou Carlos", diz Vladimir Aras.