A procuradora Soraya Gaia agiu para que o Ministério Público do Rio de Janeiro perdesse o prazo para recorrer contra o foro especial ao senador Flávio Bolsonaro no caso das "rachadinhas" no seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.


Segundo a jornalista Catia Seabra, da Folha de S. Paulo, Soraya, que já elogiou Bolsonaro nas redes sociais, antecipou em três dias a contagem de prazo para que o Ministério Público recorresse contra a decisão de foro privilegiado.

A procuradora bolsonarista lançou no sistema o registro de que o MP-RJ tinha tomado oficialmente ciência da decisão que informava ao Ministério Público a remessa do caso de Flávio para o Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o que deu início ao que a Justiça chama de fluência de prazo.


O MP tinha até 17 de julho para apresentar os recursos. Mas os recursos foram protocolados apenas em 20 de julho, e foram considerados “intempestivos”.

O MP-RJ tentou um recurso à decisão, mas o Tribunal de Justiça alegou a perda de prazo e o rejeitou. O Ministério Público depende agora do julgamento de uma reclamação feita ao STF contra o foro especial dado ao senador.