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O processo movido pelo Partido dos Trabalhadores (PT) contra o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), é mais um episódio de uma série de atritos que amplia a distância entre o chefe do Executivo mineiro e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no ano que antecede a disputa eleitoral. Dessa vez, a legenda decidiu acionar a Justiça do Distrito Federal por publicações de Zema relacionando os petistas ao escândalo da fraude no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
Na ação protocolada nessa quinta-feira (8/5), no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), o senador e presidente do PT Humberto Costa (PE), disse que as declarações de Zema são “falsas”, “ofensivas” e “prejudiciais” à imagem do partido. A sigla pede uma indenização por danos morais na ordem de R$ 30 mil, além de requerer a exclusão imediata dos conteúdos publicados pelo governador mineiro.
A legenda do presidente Lula ainda disse que o Zema utilizou de forma “irresponsável” o alcance da internet para disseminar “desinformação” e atacar a honra do PT. “O partido ressalta que a liberdade de expressão não é absoluta e não pode ser utilizada para propagar ofensas e notícias falsas que prejudiquem a imagem de terceiros. Por isso, pede, em caráter de urgência, que a Justiça determine a remoção das publicações de Zema nas redes sociais”, disse o partido em nota.
Em duas ocasiões Zema tentou ligar o PT ao escândalo do INSS, divulgado no final de abril com uma operação da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU), que revelaram que entidades sindicais e associações que prestam serviços a aposentados cadastravam benefíciários da autarquia sem autorização para aplicar descontos na folha de pagamento. A PF estima que até R$ 6,3 bilhões tenham sido desviados de aposentados e pensionistas desde 2019.
No dia 1º de maio, feriado do dia do trabalhador, o governador publicou um vídeo com uma camisa preta escrito “1 de maio de luto”. Na época, ele questionou o que Lula estava fazendo no caso, e ressaltou a permanência do ministro Carlos Lupi (PDT) na pasta da Previdência. “O Lula tá com medo de quê? Que as investigações cheguem na companheirada?”, questionou.
Já no dia seguinte, quando Lupi pediu demissão do ministério, Zema publicou na sua conta do X (antigo Twitter) uma mensagem questionando por que não houve demissão de mais ministros no governo. “Mais de R$ 6 bilhões foram desviados do INSS e só um ministro caiu? Mais uma vez, a corrupção mostra sua cara no governo do PT”, disse.
Segundo o Partido dos Trabalhadores, o governador “está tentando, de forma maliciosa, associar o PT a esses eventos”. O PT lembra também que, embora o caso de descontos irregulares em aposentadorias e pensões esteja sendo investigado, as informações indicam que os descontos podem ter começado em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL)”, completa a nota do partido em uma publicação que classifica Zema como bolsonarista.
“Não vão nos calar”
No sábado (10/5), Romeu Zema reagiu ao processo em suas redes sociais publicando apenas a mensagem: “não vão nos calar”. Posteriormente, o governador também publicou uma foto de Lula ao lado de governantes autoritários da África na Praça Vermelha, em Moscou, na Rússia, para a celebração dos 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial. Na legenda, Zema escreve: ‘Me diga com quem andas, e te direi quem és”.
Zema nunca escondeu a aversão ao programa do Partido dos Trabalhadores, mas, desde o início do ano, o governador ampliou as críticas ao governo Lula e a sua sigla. Buscando se consolidar como uma liderança “antipetista” e uma cravar uma vaga na chapa da direita que deve disputar o Palácio do Planalto, mesmo como um candidato a vice, Zema tem se engajado em articulações com outros líderes do mesmo espectro político.
No final de abril, o mineiro defendeu uma união com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e com o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), para derrotar Lula nas urnas - cabe lembrar que ambos já são considerados pré-candidatos à presidência da República. Também no mês passado, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), então no PSDB, sinalizou o desejo de formar uma chapa com Zema.
Nesse contexto, um levantamento feito pelos repórteres Bernardo Estillac e Vinicius Prates, do Estado de Minas, mostrou que o governador de Minas Gerais intensificou a agenda ideológica nas redes sociais e se aproximou dos temas mais caros para a direita e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Do primeiro dia do ano até 10 de abril, foram 134 publicações no Instagram, sendo que 34,2% traziam algum conteúdo político. Pelo menos 93% dessas publicações eram ataques ao PT.
Cada publicação de Zema sobre o PT, possui em média mais de meio milhão de visualizações. Em termos de curtidas, o tema só perde para os acenos ao bolsonarismo, que rendem em média 105,9 mil. Inclusive, na amostragem analisada a publicação com o maior engajamento é uma foto com Ratinho Jr, Ronaldo Caiado e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), durante um ato pela anistia dos condenados do 8 de janeiro na Avenida Paulista, no dia 6 de abril.
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Na ação protocolada nessa quinta-feira (8/5), no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), o senador e presidente do PT Humberto Costa (PE), disse que as declarações de Zema são “falsas”, “ofensivas” e “prejudiciais” à imagem do partido. A sigla pede uma indenização por danos morais na ordem de R$ 30 mil, além de requerer a exclusão imediata dos conteúdos publicados pelo governador mineiro.
A legenda do presidente Lula ainda disse que o Zema utilizou de forma “irresponsável” o alcance da internet para disseminar “desinformação” e atacar a honra do PT. “O partido ressalta que a liberdade de expressão não é absoluta e não pode ser utilizada para propagar ofensas e notícias falsas que prejudiquem a imagem de terceiros. Por isso, pede, em caráter de urgência, que a Justiça determine a remoção das publicações de Zema nas redes sociais”, disse o partido em nota.
Em duas ocasiões Zema tentou ligar o PT ao escândalo do INSS, divulgado no final de abril com uma operação da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU), que revelaram que entidades sindicais e associações que prestam serviços a aposentados cadastravam benefíciários da autarquia sem autorização para aplicar descontos na folha de pagamento. A PF estima que até R$ 6,3 bilhões tenham sido desviados de aposentados e pensionistas desde 2019.
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Já no dia seguinte, quando Lupi pediu demissão do ministério, Zema publicou na sua conta do X (antigo Twitter) uma mensagem questionando por que não houve demissão de mais ministros no governo. “Mais de R$ 6 bilhões foram desviados do INSS e só um ministro caiu? Mais uma vez, a corrupção mostra sua cara no governo do PT”, disse.
Segundo o Partido dos Trabalhadores, o governador “está tentando, de forma maliciosa, associar o PT a esses eventos”. O PT lembra também que, embora o caso de descontos irregulares em aposentadorias e pensões esteja sendo investigado, as informações indicam que os descontos podem ter começado em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL)”, completa a nota do partido em uma publicação que classifica Zema como bolsonarista.
“Não vão nos calar”
No sábado (10/5), Romeu Zema reagiu ao processo em suas redes sociais publicando apenas a mensagem: “não vão nos calar”. Posteriormente, o governador também publicou uma foto de Lula ao lado de governantes autoritários da África na Praça Vermelha, em Moscou, na Rússia, para a celebração dos 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial. Na legenda, Zema escreve: ‘Me diga com quem andas, e te direi quem és”.
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