O governo Romeu Zema (Novo) encerra a primeira metade de seu segundo governo com enormes desafios para o ano que se aproxima, mas com um saldo positivo em seu relacionamento com o Legislativo, muito tumultuado no primeiro mandato, com quase nenhum projeto importante aprovado, mas bem mais afinado nesta legislatura.

Zema aprovou nesse período 12 projetos quase todos já transformados em norma jurídica, entre eles propostas polêmicas como a que reajustou seu salário e dos secretários em 298% e os que elevaram o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de produtos considerados supérfluos e também o que aumentou as contribuições do funcionalismo para a manutenção do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos (IPSM).

A melhora no relacionamento com a base pode ser creditada à mudança do comando do Legislativo. O atual presidente da ALMG, Tadeu Martins Leite (MDB), apesar de não ser aliado incondicional do governador, tem uma relação de cordialidade com Zema ao contrário de seu antecessor, Agostinho Patrus, hoje conselheiro do Tribunal de Contas de Minas Gerais (TCE-MG), que fazia oposição do Executivo no comando do parlamento. Além disso, a nomeação de João Magalhães (MDB), deputado experiente e com bom trânsito entre os colegas, para o cargo de líder facilitou a vida de Zema com sua base.