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Diante dessa forte divergência, adiantou que não aceitará ser candidata a governadora pelo PT. “Discordo da linha adotada pela bancada do PT e pelo meu partido no Estado”, disse, com base em um diagnóstico feito a partir de um estudo de seu marido, o economista José Prata Araújo.
Situação dramática
De acordo com Marília, a situação de Minas é dramática, seja pela baixa arrecadação, agravada pela Lei Kandir, que há 27 anos isenta do ICMS os produtos de exportação, como os do agro e o minério, base da economia mineira. Além disso, aponta o comprometimento da altíssima dívida com a União. “Numa situação como essa, o PT adota uma posição inadmissível, sugerindo que o estado está equilibrado e que teria dinheiro sobrando. Outro absurdo é ser contrário a adesão de Minas ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF)”, criticou ela, argumentando que o programa federal já é defendido pelo presidente Lula, que aperfeiçoou o modelo.
Em sua avaliação, a adesão aconteceria hoje em novas bases de negociação nas quais as empresas estatais seriam preservadas, assim como os direitos dos servidores públicos. “E o PT, simplesmente, foi contra”, queixou-se, avaliando ainda que sua posição é semelhante à já manifestada pelo ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), quando ele se reuniu com a bancada petista, em Brasília.
Debate superficial
Segundo a prefeita, os deputados de seu partido fazem um debate superficial e “discutindo firulas”. “Como posso ser candidata numa situação como essa, discordando do meu próprio partido. Qual a proposta do PT para compensar a Lei Kandir. Deveria fazer uma mobilização para que o Congresso Nacional a mude, mas não fala uma linha sobre isso. Não quero ficar escudada em uma atuação mentirosa. Se não discutir, colocar o dedo na ferida, o estado fica ingovernável”, avaliou Marília, que é prefeita pela terceira vez de Contagem, uma das maiores cidades de Minas. “Tenho consistência, coerência e credibilidade”, argumentou.
Oposição por oposição
Disse ainda que não faz oposição por oposição, muito menos contra os interesses do Estado, ao contrário do PT mineiro que teria aplaudido quando o Ministério da Fazenda cobrou R$ 16 bilhões do estado. “A bancada colocou a oposição a Zema acima dos interesses do Estado”.
Sobre a atual gestão, diz que Zema age como liquidante do estado, baseado na privatização de tudo. E que ele só conseguiu pagar as dívidas com os municípios e com os servidores, além de colocar o pagamento em dia, por conta de liminar obtida pelo antecessor, Fernando Pimentel, no STF. Por essa liminar, o estado ficou desobrigado de pagar o serviço da dívida, economizando cerca de R$ 36 bilhões com essa ‘moratória’.
Tudo somado, a prefeita defendeu que o candidato a governador apoiado pelo PT seja de outro partido. “Jamais poderei disputar a eleição com o PT tendo essa posição”. O espaço está aberto para as manifestações dos deputados estaduais petistas.
Fonte:alemdofato.uai.com.br
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De acordo com Marília, a situação de Minas é dramática, seja pela baixa arrecadação, agravada pela Lei Kandir, que há 27 anos isenta do ICMS os produtos de exportação, como os do agro e o minério, base da economia mineira. Além disso, aponta o comprometimento da altíssima dívida com a União. “Numa situação como essa, o PT adota uma posição inadmissível, sugerindo que o estado está equilibrado e que teria dinheiro sobrando. Outro absurdo é ser contrário a adesão de Minas ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF)”, criticou ela, argumentando que o programa federal já é defendido pelo presidente Lula, que aperfeiçoou o modelo.
Em sua avaliação, a adesão aconteceria hoje em novas bases de negociação nas quais as empresas estatais seriam preservadas, assim como os direitos dos servidores públicos. “E o PT, simplesmente, foi contra”, queixou-se, avaliando ainda que sua posição é semelhante à já manifestada pelo ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), quando ele se reuniu com a bancada petista, em Brasília.
Debate superficial
Segundo a prefeita, os deputados de seu partido fazem um debate superficial e “discutindo firulas”. “Como posso ser candidata numa situação como essa, discordando do meu próprio partido. Qual a proposta do PT para compensar a Lei Kandir. Deveria fazer uma mobilização para que o Congresso Nacional a mude, mas não fala uma linha sobre isso. Não quero ficar escudada em uma atuação mentirosa. Se não discutir, colocar o dedo na ferida, o estado fica ingovernável”, avaliou Marília, que é prefeita pela terceira vez de Contagem, uma das maiores cidades de Minas. “Tenho consistência, coerência e credibilidade”, argumentou.
Oposição por oposição
Disse ainda que não faz oposição por oposição, muito menos contra os interesses do Estado, ao contrário do PT mineiro que teria aplaudido quando o Ministério da Fazenda cobrou R$ 16 bilhões do estado. “A bancada colocou a oposição a Zema acima dos interesses do Estado”.
Sobre a atual gestão, diz que Zema age como liquidante do estado, baseado na privatização de tudo. E que ele só conseguiu pagar as dívidas com os municípios e com os servidores, além de colocar o pagamento em dia, por conta de liminar obtida pelo antecessor, Fernando Pimentel, no STF. Por essa liminar, o estado ficou desobrigado de pagar o serviço da dívida, economizando cerca de R$ 36 bilhões com essa ‘moratória’.
Tudo somado, a prefeita defendeu que o candidato a governador apoiado pelo PT seja de outro partido. “Jamais poderei disputar a eleição com o PT tendo essa posição”. O espaço está aberto para as manifestações dos deputados estaduais petistas.
Fonte:alemdofato.uai.com.br