ELEIÇÕES MUNICIPAIS

O prefeito Fuad Noman (PSD), reeleito nas eleições de 2024, vai comandar Belo Horizonte nos próximos quatro anos. Na última quarta-feira (30 de outubro), ele conversou com O TEMPO, na sede da prefeitura, e contou a quais fatos atribui a sua vitória, conquistada nas urnas no domingo 27 de outubro. Fuad, que começou a campanha desconhecido e de certa forma desacreditado por muitos no meio político, derrotou o deputado estadual Bruno Engler (PL) por 53,73% dos votos no segundo turno. O adversário teve 46,27%. Além das obras realizadas na cidade, veja o que o prefeito considera ter levado ao resultado das eleições municipais da capital de Minas Gerais. "Acho que existe uma conjugação de coisas que aconteceram", resumiu Fuad, na entrevista exclusiva a O TEMPO. Confira aqui:


Apoio do partido, o PSD

"Meu partido me apoiou muito. Com isso, conseguimos agregar mais cinco partidos, tivemos seis partidos em uma coligação que me deu um tempo de televisão bom. E deu, logicamente, uma força política de mais de 250 candidatos a vereador. Então, isso deu uma base para que a gente conseguisse começar a campanha de uma forma mais estruturada, organizada. Montamos uma equipe de campanha muito qualificada, muito competente e começamos a trabalhar." 

Obras em BH e se tornar mais conhecido

"Logicamente, eu sempre usei as obras porque as obras, para mim, foram o meu grande cabo eleitoral. Então, eu tinha que mostrar. A maioria das pessoas conhecia as obras, mas não conhecia quem estava fazendo as obras. Valorizavam, avaliavam positivamente a prefeitura, mas não conheciam o prefeito. Então, nossa expectativa foi: é preciso mostrar o prefeito. Começamos a mostrar o prefeito, começamos a mostrar as obras e quem estava fazendo as obras. Isso deu muito resultado, tivemos um crescimento importantíssimo nos primeiros dez dias das eleições." 

Voto útil dos progressistas

Aí (depois de mostrar as obras e de ficar mais conhecido), começaram a convergir três candidaturas possíveis de chegarem ao segundo turno. Duas da direita e a minha. As de esquerda ficaram mais afastadas. Então, as pessoas mais progressistas, as pessoas que representavam os partidos começaram a trabalhar pelo chamado voto responsável, ou voto útil. No final do primeiro turno, acabei recebendo um manifesto de personalidades importantes da política mineira, da política brasileira, da política belo-horizontina, pedindo apoio para não deixar duas candidaturas de direita subirem. Isso, logicamente, deu um impulso à minha candidatura. Tivemos a candidatura do então primeiro colocado (Mauro Tramonte) reduzindo, e essa força nos levou para o segundo turno."

2º turno: experiência e comparação de candidatos

Segundo turno mudou completamente a eleição, é outra eleição. Os partidos mais progressistas estavam com a gente, eleitores dos outros candidatos, em um número significativo, migraram para o nosso lado, e começamos a mostrar a diferença entre o candidato Fuad e o outro candidato. Experiência, a preparação para gerir uma cidade deste tamanho. Começamos a explorar muito esse aspecto. Compara, compara, compara. E a comparação é muito favorável para nós. Temos 55 anos de experiência no setor público. Temos história nos diversos níveis de governo, governo federal, governo estadual, governo municipal… enquanto o outro candidato está começando, não tem ainda nenhuma experiência administrativa. Acho que essa conjugação: forças progressistas que nos apoiaram, as obras que nós fizemos e essa comparação no segundo turno é que nos levaram à vitória."