Preso por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, petista pode ser candidato apenas com liminar do STJ ou STF
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, por meio de partidários, que será candidato em outubro à Presidência da República. “Podem ter certeza”, disse o petista, que está preso desde o começo de abril deste ano por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele foi condenado a 12 anos e um mês de prisão.
O comentário foi feito durante crítica ao governo Michel Temer (MDB) que, segundo Lula, está vendendo a “preço de banana” o patrimônio público brasileiro construído “com muito sacrifício pelo povo brasileiro a partir da metade do século 20”.
“Podem ter certeza, vou ser candidato para, entre outras coisas, recuperar a soberania do povo brasileiro”, disse o petista.
Preso, o petista não pode se candidatar, porque está enquadrado na Lei da Ficha Limpa. Lula foi condenado em segunda instância, ou seja, por colegiado. Para se candidatar, o petista precisará de uma liminar no Superior Tribunal de Justiça (STJ) ou Supremo Tribunal Federal (STF).
A declaração entra em choque com o momento em que o PT analisa também um plano B para a disputa presidencial. Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo, e Jacques Wagner, ex-governador da Bahia, são cotados para substituir Lula no pleito.