Brasília- Paulatinamente, a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) a presidente vem perdendo apoio entre setores chave da economia brasileira. Uma série de fatores contribuíram para redução do entusiasmo de interlocutores do Produto Interno Bruto (PIB) e do mercado financeiro com o projeto de extrema-direita liderado pelo capitão reformado.
Como lembra a jornalista Helena Chagas, do blog Os Divergentes, apenas nesta semana, somaram-se as declarações desastrosas de Paulo Guedes, defendendo a criação de uma nova CPMF e a alíquota unificada em 20% para o Imposto de Renda; a série de impropérios verbalizados pelo seu candidato a vice, general Hamilton Mourão, além da capa da The Economist, que tem muita influência sobre esse pessoal, considerando-o "desastroso".
"Percebeu-se, afinal, que o candidato do PSL não tinha um programa econômico tão estruturado assim, e que esses improvisos podem gerar muita insegurança. Ficou claro também que Guedes, o 'Posto Ipiranga' que, segundo Marina Silva, pegou fogo, também não está com essa bola toda na equipe e poderá passar boa parte do hipotético governo Bolsonaro sendo desautorizado", diz Helena Chagas.
Nesta sexta-feira, 21, pesquisa do instituto DataPoder360 mostrou um quadro de empate técnico entre Jair Bolsonaro e o candidato do PT a presidente, Fernando Haddad, no limite da margem de erro, com Bolsonaro com 26% e Haddad com 22% (leia mais).