O ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), monitorou a investigação das mortes da  vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e do motorista Anderson Gomes enquanto era chefe do órgão.

A informação consta na representação entregue pela Polícia Federal (PF), que fundamentou a quarta fase da Operação Última Milha, realizada nesta quinta-feira (11). A ação tem como alvo um esquema de espionagem ilegal que monitorava políticos, jornalistas e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

“O resumo das denúncias relacionadas ao caso Marielle em 2019 foi impresso pelo Del. Alexandre Ramagem enquanto diretor da ABIN. A impressão de documentos e informações se prestava para que informações de ‘inteligência’ pudessem ser levadas aos destinatários em regra integrantes do núcleo-político. As considerações finais do documento relacionado ao Delegado de Polícia Civil indicam que o monitoramento da investigação ocorreu para antecipar eventuais referências que indevidamente vinculassem o núcleo-político”, estabeleceu o documento.

Segundo a representação, Ramagem também ordenou uma “análise” dos dados disponíveis sobre a investigação do caso Adélio Bispo em 2018. (Com informações da CNN Brasil).