O Observatório Social do Petróleo (OSP) afirmou que, se o valor do petróleo aumentava, a Petrobrás fazia menos reajustes e praticava preços abaixo das cotações internacionais. Com petróleo caindo, a empresa passou a anunciar reduções frequentes e acompanhar o mercado externo mais de perto, de acordo com informações publicadas nesta sexta-feira (9) pelo jornal Folha de S.Paulo. O preço médio da gasolina foi de R$ 5,17 no última semana, quando chegou a ser vendido por R$ 4,13 em alguns postos, informou  a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O economista Eric Gil Dantas, do OSP e do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais, afirmou que a política de preços da Petrobras esteve sujeita a pressões políticas durante o ano eleitoral. "A política de preços da Petrobras segue o PPI [Preço de Paridade de Importação]" mas tem outra variável, que é a pressão política. Até junho, a Petrobras teve que manter os preços abaixo do PPI. Mas quando chega julho, passa a praticar preços iguais ou até superiores", disse.

Em nota, a empresa disse que não há periodicidade definida para os reajustes de diesel e gasolina. "A companhia segue buscando o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio".

A Petrobrás afirmou não existir referência única de comparação de preços do mercado internacional, que seja percebida por todos os agentes. "Para demonstração, basta observar que duas renomadas agências de informação, Argus e Platts, publicam referências de preços para o Brasil com diferenças significativas entre elas", informou.