array(31) {
["id"]=>
int(114697)
["title"]=>
string(89) "Percepção de violência e sensação de insegurança aumentaram no 1º ano de Bolsonaro"
["content"]=>
string(3251) "A nova pesquisa XP-Ipespe, feita semana passada, trouxe resultados de pirar o cabeção dos gestores da segurança pública. Para 54% da população a violência no Brasil aumentou em 2019; quase um quarto das pessoas (23%), aliás, acha que aumentou é muito. Só 19% veem diminuição e 2% muita redução. Os demais 23% avaliam que a violência segue igual. Essa percepção se choca com registros oficiais que indicam uma queda de 13% dos assassinatos no ano passado, o maior recuo em 11 anos. O brasileiro se sentiu mais inseguro no primeiro ano de Bolsonaro, apesar da melhora estatística. O que está pegando?
O povo pode estar certo. A redução no número de mortes violentas pode ser fenômeno passageiro, reflexo de um esfriamento temporário na guerra interminável de gangues, e não um processo de reversão sustentada da violência urbana. Ainda é cedo para se cantar qualquer vitória na área. Por outro lado, há motivos de sobra para se acreditar que o país está cada vez mais violento e inseguro. As próprias autoridades, a começar pelo presidente, não perdem oportunidade para se referir a armas e crimes, contribuindo para difundir medo e apreensão.
Neste domingo, o ex-ministro Raul Jugman lembrou em artigo que nossas prisões são controladas pelo crime organizado e funcionam como centros de recrutamento. O Estado não garante a vida dos apenados, que então buscam proteção nas facções. E o sistema passa a operar sob uma lógica perversa: quantos mais presos, mais soldados do crime.
Com 812 mil detentos, o 3ª maior contingente no mundo, o país oferece mão de obra inesgotável ao crime organizado. Nos últimos oito anos, a população carcerária brasileira cresceu 200%. A justiça vem prendendo como nunca e a polícia batendo recordes de tiros e execuções. Pela lógica do sistema, o caldo de cultura da violência só engrossa no país embora as mortes possam ter caído oficialmente. E quem garante a confiabilidade das estatísticas policiais? Ao menos em Minas, como já mostrou Os Novos Inconfidentes, a polícia não tem dados detalhados sobre a própria atuação.
Sim, a percepção popular parece mais realista e consistente que os dados oficiais. Porém, não dá para ignorar a incongruência do cidadão em suas opiniões sobre segurança. Nas pesquisas e nas urnas, ele vem apoiando o aumento de prisões e até as execuções de bandidos, mesmo ciente de que tal política produz mais violência. Afinal, o que o brasileiro quer? Vá alguém entender.
"
["author"]=>
string(34) "Raquel Faria /osnovosinconfidentes"
["user"]=>
NULL
["image"]=>
array(6) {
["id"]=>
int(560944)
["filename"]=>
string(14) "fuzilbomzu.jpg"
["size"]=>
string(5) "61685"
["mime_type"]=>
string(10) "image/jpeg"
["anchor"]=>
NULL
["path"]=>
string(6) "posts/"
}
["image_caption"]=>
string(28) "Foto: Reprodução/Instagram"
["categories_posts"]=>
NULL
["tags_posts"]=>
array(0) {
}
["active"]=>
bool(true)
["description"]=>
string(0) ""
["author_slug"]=>
string(33) "raquel-faria-osnovosinconfidentes"
["views"]=>
int(110)
["images"]=>
NULL
["alternative_title"]=>
string(0) ""
["featured"]=>
bool(false)
["position"]=>
int(0)
["featured_position"]=>
int(750)
["users"]=>
NULL
["groups"]=>
NULL
["author_image"]=>
NULL
["thumbnail"]=>
NULL
["slug"]=>
string(82) "percepcao-de-violencia-e-sensacao-de-inseguranca-aumentaram-no-1o-ano-de-bolsonaro"
["categories"]=>
array(1) {
[0]=>
array(9) {
["id"]=>
int(431)
["name"]=>
string(9) "Política"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(8) "politica"
}
}
["category"]=>
array(9) {
["id"]=>
int(431)
["name"]=>
string(9) "Política"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(8) "politica"
}
["tags"]=>
NULL
["created_at"]=>
object(DateTime)#539 (3) {
["date"]=>
string(26) "2020-01-20 14:08:31.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["updated_at"]=>
object(DateTime)#546 (3) {
["date"]=>
string(26) "2020-05-24 21:24:49.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["published_at"]=>
string(25) "2020-01-20T14:10:00-03:00"
["group_permissions"]=>
array(4) {
[0]=>
int(1)
[1]=>
int(4)
[2]=>
int(2)
[3]=>
int(3)
}
["image_path"]=>
string(20) "posts/fuzilbomzu.jpg"
}
A nova pesquisa XP-Ipespe, feita semana passada, trouxe resultados de pirar o cabeção dos gestores da segurança pública. Para 54% da população a violência no Brasil aumentou em 2019; quase um quarto das pessoas (23%), aliás, acha que aumentou é muito. Só 19% veem diminuição e 2% muita redução. Os demais 23% avaliam que a violência segue igual. Essa percepção se choca com registros oficiais que indicam uma queda de 13% dos assassinatos no ano passado, o maior recuo em 11 anos. O brasileiro se sentiu mais inseguro no primeiro ano de Bolsonaro, apesar da melhora estatística. O que está pegando?
O povo pode estar certo. A redução no número de mortes violentas pode ser fenômeno passageiro, reflexo de um esfriamento temporário na guerra interminável de gangues, e não um processo de reversão sustentada da violência urbana. Ainda é cedo para se cantar qualquer vitória na área. Por outro lado, há motivos de sobra para se acreditar que o país está cada vez mais violento e inseguro. As próprias autoridades, a começar pelo presidente, não perdem oportunidade para se referir a armas e crimes, contribuindo para difundir medo e apreensão.
Neste domingo, o ex-ministro Raul Jugman lembrou em artigo que nossas prisões são controladas pelo crime organizado e funcionam como centros de recrutamento. O Estado não garante a vida dos apenados, que então buscam proteção nas facções. E o sistema passa a operar sob uma lógica perversa: quantos mais presos, mais soldados do crime.
Com 812 mil detentos, o 3ª maior contingente no mundo, o país oferece mão de obra inesgotável ao crime organizado. Nos últimos oito anos, a população carcerária brasileira cresceu 200%. A justiça vem prendendo como nunca e a polícia batendo recordes de tiros e execuções. Pela lógica do sistema, o caldo de cultura da violência só engrossa no país embora as mortes possam ter caído oficialmente. E quem garante a confiabilidade das estatísticas policiais? Ao menos em Minas, como já mostrou Os Novos Inconfidentes, a polícia não tem dados detalhados sobre a própria atuação.
Sim, a percepção popular parece mais realista e consistente que os dados oficiais. Porém, não dá para ignorar a incongruência do cidadão em suas opiniões sobre segurança. Nas pesquisas e nas urnas, ele vem apoiando o aumento de prisões e até as execuções de bandidos, mesmo ciente de que tal política produz mais violência. Afinal, o que o brasileiro quer? Vá alguém entender.