O presidente Jair Bolsonaro ignorou pelo segundo dia consecutivo os apoiadores que o aguardavam na saída do Palácio da Alvorada na manhã desta sexta-feira (19). Nos últimos dias, Bolsonaro tem evitado conceder entrevistas à imprensa, mas diariamente cumprimentava os bolsonaristas na porta da residência oficial.
Ontem (18) também ele não quis falar, após a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flavio Bolsonaro, e ignorou cerca de 25 bolsonaristas que o aguardavam no local. O presidente passou reto com seu comboio oficial rumo ao Palácio do Planalto e os simpatizantes se quer receberam um aceno de Bolsonaro de dentro do carro. Na volta para o Alvorada repetiu o gesto e se pronunciou apenas na costumeira live das quintas-feiras.
Na transmissão, Bolsonaro afirmou que a prisão de Queiroz foi “espetaculosa”. Ele defendeu o assessor afirmando que o mesmo não estava foragido.
“Operação de hoje sobre a prisão do Queiroz. Deixo bem claro, não sou advogado do Queiroz e não estou envolvido neste processo, mas o Queiroz não estava foragido e não havia nenhum mandado de prisão contra ele e foi feita uma prisão espetaculosa. Já deve estar no Rio de Janeiro, deve estar sendo assistido pelo advogado e a Justiça siga aí o seu caminho, mas parecia que estavam prendendo o maior bandido da face da terra, mas que a Justiça, eu digo, siga o seu caminho. Repito, não estava foragido e não tinha nenhum mandado de prisão contra ele”, apontou Bolsonaro.
O presidente disse ainda que da parte dele está “encerrado o caso”. “Tranquilamente, se tivessem pedido ao advogado, creio eu, acredito, o comparecimento dele a qualquer local ele teria comparecido. E porque estava naquela região de São Paulo? Porque é perto do hospital onde ele faz tratamento de câncer. Então esse é o quadro, da minha parte está encerrado o caso Queiroz”, acrescentou.