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O encontro de cerca de duas horas que hoje mobiliza Brasília ocorreu no terceiro andar do Palácio do Planalto, no dia 22 de abril, dois dias antes da demissão de Moro, e é considerado o mais tenso do governo até aqui. A agenda com o presidente foi convocada inicialmente para apresentação do programa Pró-Brasil, de recuperação econômica, e teve a participação de 26 autoridades, incluindo o vice Hamilton Mourão, todos os ministros e presidentes dos bancos públicos. Outros auxiliares diretos de Bolsonaro também acompanharam.
Em relatos reservados, dois ministros disseram ao Estadão que a ameaça de demissão não foi direcionada ao ex-juiz da Lava Jato, mas um recado a todos os integrantes do primeiro escalão. Segundo participantes do encontro, o presidente cobrou alinhamento às pautas dele e cumprimento irrestrito de suas ordens.
Foi neste contexto, sempre de acordo com os relatos feitos por participantes, que Bolsonaro pediu acesso às informações de inteligência. À reportagem, presentes na reunião evitaram confirmar se o presidente exigiu a troca do comando da PF. Dois deles alegaram não se lembrar disso.
A cobrança de Bolsonaro a seu primeiro escalão foi feita com muitos palavrões. Auxiliares observam que é comum o presidente, a portas fechadas, usar termos que não atendem aos bons modos. Nestas ocasiões, para evitar vazamentos, todos os participantes são obrigados a deixar o celular do lado de fora da sala. A exceção costuma ser o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno.
Fotos feitas pela Secretaria Especial de Comunicação (Secom) no dia mostram os participantes com as feições cerradas. Pelos registros, é possível verificar que há uma câmera de vídeo no local. Até agora a Secom não respondeu os questionamentos sobre a existência da gravação.
Outro "assunto sensível" tratado pelo presidente foi a aproximação do governo com líderes dos partidos do Centrão. Bolsonaro comunicou que entregaria cargos às legendas e provocou reações. Moro, segundo o Estadão apurou, teria demonstrando discordância.
Economia
O encontro foi convocado para a apresentação do Pró-Brasil, programa de recuperação econômica anunciado pelo ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto, com o incentivo do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e sem o aval do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Diante dos colegas, Guedes e Marinho se desentenderam sobre gastos públicos para incentivar a retomada da economia. Marinho disse que Guedes era apegado a dogmas. O ministro da Economia, por usa vez, respondeu dizendo que tinha estudado o que ninguém estudou. E acrescentou que o plano era "completamente maluco". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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O encontro de cerca de duas horas que hoje mobiliza Brasília ocorreu no terceiro andar do Palácio do Planalto, no dia 22 de abril, dois dias antes da demissão de Moro, e é considerado o mais tenso do governo até aqui. A agenda com o presidente foi convocada inicialmente para apresentação do programa Pró-Brasil, de recuperação econômica, e teve a participação de 26 autoridades, incluindo o vice Hamilton Mourão, todos os ministros e presidentes dos bancos públicos. Outros auxiliares diretos de Bolsonaro também acompanharam.
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