Por iniciativa do senador Randolfe Rodrigues (AP), a Rede protocolará um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de afastamento do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, e do diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, após a informação de que tiveram uma reunião na qual estavam Jair Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), para discutir as irregularidades nas movimentações financeiras de Fabrício Queiroz, ex-assessor do parlamentar.

Segundo a coluna de Guilherme Amado, o mandado de segurança da Rede também requererá que o Serviço de Processamento de Dados do governo federal (Serpro) e a Receita Federal, também acionados pela defesa de Flávio Bolsonaro, se abstenham de fornecer ao clã presidencial informações sobre o caso das rachadinhas envolvendo o senador. A legenda quer que Bolsonaro seja impedido de fazer qualquer solicitação à Receita Federal sobre o caso.

O líder do PSB na Câmara dos Deputados, Alessandro Molon (RJ), iniciou a coleta de assinaturas com o objetivo de abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito para avaliar o plano. Também apresentará uma solicitação de apuração na Procuradoria-Geral da República (PGR).

Em petição entregue ao GSI, a defesa de Flávio Bolsonaro disse que a Inteligência só foi envolvida por se tratar da segurança da família presidencial e da "estabilidade da democracia".


Queiroz

De acordo com relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf), Queiroz fez movimentações atípicas de R$ 7 milhões de 2014 a 2017.

O ex-assessor também depositou 21 cheques na conta de Michelle, entre 2011 a 2016, totalizando R$ 72 mil. Márcia Aguiar, esposa de Queiroz, depositou outros seis, totalizando R$ 17 mil.

O ex-assessor de Flávio Bolsonaro foi preso em junho na cidade de Atibaia (SP), onde estava escondido num imóvel que pertence a Frederick Wassef, ainda defensor de Flávio na época. Depois ele deixou a defesa do congressista.