array(31) {
["id"]=>
int(171713)
["title"]=>
string(80) "“O centrão está se aliando ao neofascismo no Brasil”, diz Rogério Correia"
["content"]=>
string(6807) "Brasil247 – Durante entrevista ao programa Boa Noite 247, o deputado federal Rogério Correia (PT-MG) concentrou sua análise no papel do centrão na atual crise política entre o Congresso Nacional e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ele, a aliança formada por partidos como MDB, PSD, Republicanos, União Brasil e Progressistas ultrapassou os limites da barganha por cargos e se aproximou perigosamente de uma agenda de extrema direita e autoritária, com repercussões diretas para o funcionamento das instituições democráticas.
“O centrão não tem força política, eleitoral e de massas, mas ele tem força dentro do Congresso Nacional. E com o Bolsonaro inelegível, o centrão faz uma aproximação com a extrema direita perigosa”, afirmou Correia, referindo-se ao ambiente parlamentar pós-8 de janeiro e à perda de capital político de Jair Bolsonaro, presidente inelegível e investigado pela tentativa de golpe.
Para o parlamentar, essa nova composição do centrão está se orientando cada vez mais por uma lógica ideológica liberal e autoritária, articulada com o mercado financeiro e grandes empresários, o que representa uma ruptura em relação ao histórico fisiologismo que marcava esse grupo. “O centrão hoje é muito mais que isso. Ele tem uma concepção ideológica de direita do mercado e neoliberal”, declarou, destacando reuniões recorrentes de lideranças como Hugo Motta e Arthur Lira com banqueiros e investidores.
Entre os episódios recentes que demonstram essa guinada, Rogério Correia destacou duas votações que, segundo ele, colocam em xeque a autonomia do Poder Executivo e a responsabilidade do Judiciário na apuração dos crimes golpistas. A primeira foi a tentativa de barrar, no Congresso, o inquérito do Supremo Tribunal Federal contra o deputado federal Alexandre Ramagem, investigado por ações enquanto diretor da Abin no governo Bolsonaro. “Foi muito claro, uma aliança do centrão com a extrema direita contra a democracia, de punir quem teve uma tentativa de golpe”, alertou.
A segunda votação envolveu a derrubada de um decreto presidencial sobre o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), prerrogativa exclusiva do Executivo segundo a Constituição. “Também perigoso porque quer inviabilizar o presidente até naquilo que ele tem carta branca da Constituição para fazer”, afirmou o deputado, acrescentando que “o governo não pode ficar refém do Congresso Nacional, particularmente do centrão, e não fazer a disputa daquilo que é o programa dele na sociedade”.
Correia ainda avaliou que parte da estratégia do centrão se dá na tentativa de domesticar o bolsonarismo com vistas à eleição presidencial de 2026, apontando o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) como nome preferencial da direita radical. “O centrão está acenando pra extrema direita perigosamente para um programa neofascista no Brasil e antidemocrático”, declarou. Ele também alertou para o compromisso já anunciado por Tarcísio e outros aliados bolsonaristas com a concessão de indulto a Jair Bolsonaro. “Quem é que falou de indulto? Tarcísio falou de indulto, o Zema falou de indulto, os filhos dele, a Michelle, todos já se comprometeram que, se forem eleitos, dão anistia ao Bolsonaro no outro dia”, criticou.
Na avaliação do parlamentar, o presidente Lula tem agido com firmeza diante dessa conjuntura, evitando ampliar o espaço do centrão no governo e apostando em lideranças próprias para interlocução com o Congresso, como as ministras Gleisi Hoffmann e Esther Dweck. “O Lula não fez a tal reforma ministerial que queriam que fizesse, porque foi perspicácia dele. Ele não podia entregar os anéis porque perderia os dedos”, afirmou, acrescentando que a experiência da queda de Dilma Rousseff após a traição de Michel Temer serviu de lição.
Correia defendeu que a resposta à ofensiva da direita e do centrão precisa extrapolar o parlamento, com mobilização popular e atuação política fora das instituições. “O presidente Lula resolveu jogar com a opinião pública”, disse. Ele também convocou as forças progressistas a se unirem em torno das pautas que diferenciam o projeto do governo Lula do programa liberal defendido pelos adversários: correção na tabela do Imposto de Renda, taxação de super-ricos, vinculação do salário mínimo aos benefícios previdenciários e o fortalecimento do SUS e da educação pública.
“A extrema direita vai controlando e foi assim no processo eleitoral, com raras exceções”, afirmou. Para Rogério Correia, há um risco real de regressão democrática no Brasil caso essa aliança entre direita neoliberal e extrema direita fascista ganhe força. “Se nós não organizarmos o campo realmente democrático, nós corremos o risco de ter um retrocesso imenso no Brasil”.
"
["author"]=>
string(6) "Minas1"
["user"]=>
NULL
["image"]=>
array(6) {
["id"]=>
int(628292)
["filename"]=>
string(19) "rogeriokorreapt.jpg"
["size"]=>
string(5) "58376"
["mime_type"]=>
string(10) "image/jpeg"
["anchor"]=>
NULL
["path"]=>
string(4) "aaa/"
}
["image_caption"]=>
string(60) " Rogério Correia (Foto: Kayo Magalhaes / Agência Câmara)"
["categories_posts"]=>
NULL
["tags_posts"]=>
array(0) {
}
["active"]=>
bool(true)
["description"]=>
string(176) "Deputado Rogério Correia afirma que bloco liderado por Lira e Hugo Motta avança sobre prerrogativas do Executivo e atua para proteger Bolsonaro
"
["author_slug"]=>
string(6) "minas1"
["views"]=>
int(105)
["images"]=>
NULL
["alternative_title"]=>
string(0) ""
["featured"]=>
bool(false)
["position"]=>
int(0)
["featured_position"]=>
int(0)
["users"]=>
NULL
["groups"]=>
NULL
["author_image"]=>
NULL
["thumbnail"]=>
NULL
["slug"]=>
string(70) "o-centrao-esta-se-aliando-ao-neofascismo-no-brasil-diz-rogerio-correia"
["categories"]=>
array(1) {
[0]=>
array(9) {
["id"]=>
int(431)
["name"]=>
string(9) "Política"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(8) "politica"
}
}
["category"]=>
array(9) {
["id"]=>
int(431)
["name"]=>
string(9) "Política"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(8) "politica"
}
["tags"]=>
NULL
["created_at"]=>
object(DateTime)#539 (3) {
["date"]=>
string(26) "2025-07-05 12:33:55.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["updated_at"]=>
object(DateTime)#546 (3) {
["date"]=>
string(26) "2025-07-05 12:33:55.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["published_at"]=>
string(25) "2025-07-05T12:30:00-03:00"
["group_permissions"]=>
array(4) {
[0]=>
int(1)
[1]=>
int(4)
[2]=>
int(2)
[3]=>
int(3)
}
["image_path"]=>
string(23) "aaa/rogeriokorreapt.jpg"
}
Brasil247 – Durante entrevista ao programa Boa Noite 247, o deputado federal Rogério Correia (PT-MG) concentrou sua análise no papel do centrão na atual crise política entre o Congresso Nacional e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ele, a aliança formada por partidos como MDB, PSD, Republicanos, União Brasil e Progressistas ultrapassou os limites da barganha por cargos e se aproximou perigosamente de uma agenda de extrema direita e autoritária, com repercussões diretas para o funcionamento das instituições democráticas.
“O centrão não tem força política, eleitoral e de massas, mas ele tem força dentro do Congresso Nacional. E com o Bolsonaro inelegível, o centrão faz uma aproximação com a extrema direita perigosa”, afirmou Correia, referindo-se ao ambiente parlamentar pós-8 de janeiro e à perda de capital político de Jair Bolsonaro, presidente inelegível e investigado pela tentativa de golpe.
Para o parlamentar, essa nova composição do centrão está se orientando cada vez mais por uma lógica ideológica liberal e autoritária, articulada com o mercado financeiro e grandes empresários, o que representa uma ruptura em relação ao histórico fisiologismo que marcava esse grupo. “O centrão hoje é muito mais que isso. Ele tem uma concepção ideológica de direita do mercado e neoliberal”, declarou, destacando reuniões recorrentes de lideranças como Hugo Motta e Arthur Lira com banqueiros e investidores.
Entre os episódios recentes que demonstram essa guinada, Rogério Correia destacou duas votações que, segundo ele, colocam em xeque a autonomia do Poder Executivo e a responsabilidade do Judiciário na apuração dos crimes golpistas. A primeira foi a tentativa de barrar, no Congresso, o inquérito do Supremo Tribunal Federal contra o deputado federal Alexandre Ramagem, investigado por ações enquanto diretor da Abin no governo Bolsonaro. “Foi muito claro, uma aliança do centrão com a extrema direita contra a democracia, de punir quem teve uma tentativa de golpe”, alertou.
A segunda votação envolveu a derrubada de um decreto presidencial sobre o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), prerrogativa exclusiva do Executivo segundo a Constituição. “Também perigoso porque quer inviabilizar o presidente até naquilo que ele tem carta branca da Constituição para fazer”, afirmou o deputado, acrescentando que “o governo não pode ficar refém do Congresso Nacional, particularmente do centrão, e não fazer a disputa daquilo que é o programa dele na sociedade”.
Correia ainda avaliou que parte da estratégia do centrão se dá na tentativa de domesticar o bolsonarismo com vistas à eleição presidencial de 2026, apontando o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) como nome preferencial da direita radical. “O centrão está acenando pra extrema direita perigosamente para um programa neofascista no Brasil e antidemocrático”, declarou. Ele também alertou para o compromisso já anunciado por Tarcísio e outros aliados bolsonaristas com a concessão de indulto a Jair Bolsonaro. “Quem é que falou de indulto? Tarcísio falou de indulto, o Zema falou de indulto, os filhos dele, a Michelle, todos já se comprometeram que, se forem eleitos, dão anistia ao Bolsonaro no outro dia”, criticou.
Na avaliação do parlamentar, o presidente Lula tem agido com firmeza diante dessa conjuntura, evitando ampliar o espaço do centrão no governo e apostando em lideranças próprias para interlocução com o Congresso, como as ministras Gleisi Hoffmann e Esther Dweck. “O Lula não fez a tal reforma ministerial que queriam que fizesse, porque foi perspicácia dele. Ele não podia entregar os anéis porque perderia os dedos”, afirmou, acrescentando que a experiência da queda de Dilma Rousseff após a traição de Michel Temer serviu de lição.
Correia defendeu que a resposta à ofensiva da direita e do centrão precisa extrapolar o parlamento, com mobilização popular e atuação política fora das instituições. “O presidente Lula resolveu jogar com a opinião pública”, disse. Ele também convocou as forças progressistas a se unirem em torno das pautas que diferenciam o projeto do governo Lula do programa liberal defendido pelos adversários: correção na tabela do Imposto de Renda, taxação de super-ricos, vinculação do salário mínimo aos benefícios previdenciários e o fortalecimento do SUS e da educação pública.
“A extrema direita vai controlando e foi assim no processo eleitoral, com raras exceções”, afirmou. Para Rogério Correia, há um risco real de regressão democrática no Brasil caso essa aliança entre direita neoliberal e extrema direita fascista ganhe força. “Se nós não organizarmos o campo realmente democrático, nós corremos o risco de ter um retrocesso imenso no Brasil”.