Durante o testemunho do "hacker da Vaza Jato" à PF, ele alegou ter sido contratado pela deputada Carla Zambelli (PL-SP) com o objetivo de identificar falhas de segurança no sistema eleitoral brasileiro. Delgatti também mencionou um encontro com Bolsonaro no Palácio da Alvorada em agosto do ano passado. Segundo ele, Bolsonaro teria indagado sobre a possibilidade de comprometer a integridade das urnas eletrônicas, embora o plano não tenha prosseguido.

Os investigadores da PF estão interessados no papel de Mauro Cid na situação. Na época, como assessor direto e responsável pela agenda do ex-mandatário, Cid poderia ter sido testemunha do encontro entre Delgatti e Bolsonaro. A PF busca esclarecer se o tenente-coronel estava presente durante a conversa e, se sim, qual foi o conteúdo discutido.

 

Mauro Cid se encontra detido há 115 dias no Batalhão de Polícia do Exército de Brasília. Sua prisão preventiva foi efetuada durante uma operação separada da PF, que o investiga por supostas fraudes relacionadas à emissão de certificados de vacinação contra a Covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS). Este também será seu primeiro depoimento desde que surgiram alegações sobre um suposto esquema de desvio de joias em favor de seu ex-chefe.