Durante participação, na manhã desta quinta-feira (10), na cerimônia de formatura do Curso Especial de Habilitação para Promoção a Sargento, no Rio de Janeiro, no Centro de Instrução Almirante Alexandrino (CIAA), o presidente Jair Bolsonaro fez um discurso acenando para as Forças Armadas.

No entanto, do lado de fora do evento, o chefe do Executivo foi chamado de “traidor” por um grupo de cerca de 30 manifestantes. Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, entre os presentes no ato estavam pensionistas, integrantes da reserva e reformados das Forças Armadas.

Ainda de acordo com a publicação, eles levaram faixas contra a lei que realizou mudanças na Previdência dos militares. Os protestantes ainda entoaram gritos de "Bolsonaro traidor". Segundo o grupo, a reforma da Previdência dos militares atingiu diminuiu o salário da base, mas resultou em aumento para os generais. Uma manifestação está marcada para os dias 20, 21 e 22 de outubro em Brasília.

Crivella
No evento, Bolsonaro dividiu o palanque com o governador em exercício do Rio, Cláudio Castro (PSC). Também estiveram presentes o ministro da Defesa, o general Fernando Azevedo e Silva, o ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno e o deputado federal, Hélio Lopes.

O prefeito Marcelo Crivella também esteve na solenidade. Ele foi alvo de uma operação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e da Polícia Civil. Ainda nesta manhã, agentes apreenderam um telefone celular do prefeito.

Durante o discurso, sem máscara, o presidente afirmou que as Forças Armadas são "os verdadeiros guardiões" da democracia e que “tudo farão pela liberdade”. Assim como Bolsonaro, Castro partiu para Brasília após o evento para prestigiar a sessão solene de posse do ministro Luiz Fux na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF).