O jornalista Luis Nassif alerta para os erros de cobertura da Globo sobre as investigações do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL) e revela que o condomínio onde mora Jair Bolsonaro, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, não tem interfone. "O condomínio abriu mão de interfones, por ser caro e por problemas de instalação. Optou-se por telefonar ou para o celular ou para o telefone fixo de cada proprietário", diz ele no Jornal GGN.

"No caso de Bolsonaro, as ligações são para o próprio celular de Bolsonaro. E é ele quem atende. O que significa que a versão do porteiro não era descabida. Ou seja, o fato de estar em Brasilia não o impedia de atender o telefone", acrescenta.

De acordo com matéria publicada na terça-feira (29) pelo Jornal Nacional, o porteiro afirmou à polícia que um dos responsáveis pelo crime Élcio de Queiroz entrou no local e disse que iria para a casa do então deputado Jair Bolsonaro. Os registros de presença da Câmara dos Deputados mostram que o então parlamentar estava em Brasília no dia. 

O jornalista Fernando Brito, do Tijolaço, havia atestad, no entanto, que o então parlamentar tinha passagem marcada para o Rio (confira). Segundo o Ministério Público (MP-RJ), o porteiro mentiu (veja aqui).

Nassif destaca, ainda, que o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) "também recebe os recados pelo celular. Em geral, fica pouco no condomínio, pois prefere permanece em seu apartamento na zona sul. Mas porteiros ouvidos por moradores sustentam que, naquele dia, ele estava no condomínio".

"O porteiro do depoimento está de férias. Mas moradores do condomínio foram, por conta própria, conversar com os demais porteiros. E eles garantiram que a ligação foi feita para Bolsonaro mesmo."