Brasil247 - O movimento Mulheres Unidas Contra Bolsonaro lançou na manhã desta quarta-feira (19) um vídeo para a convocação do protesto no dia 29 de setembro contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) e que está rapidamente viralizando nas redes sociais. De acordo com o vídeo, o deputado federal "não sabe respeitar uma criança. Ele não sabe respeitar uma mulher. Ele não respeitar as diferenças e tudo tem que ser do jeito que ele quer". "Ele não. Bolsonaro inimigo das mulheres", diz a interlocutora. A mobilização ocorre no Largo da Batata, no bairro de Pinheiros, zona oeste da cidade de São Paulo. Também há protestos marcados em outras cidades.
De acordo com o texto do evento, "mulheres que se opõem à candidatura de Jair Bolsonaro não se calarão". "Juntas, diversas, apoiadoras de diversas candidaturas dizem não ao crescimento da intolerância, recusam discursos de ódio, sexistas, homofóbicos, racistas".
Bolsonaro já proferiu declarações misóginas que ganharam repúdio nacional. Em abril do ano passado, o parlamentar afirmou: "eu tenho 5 filhos. Foram 4 homens, a quinta eu dei uma fraquejada e veio uma mulher". A declaração foi concedida em palestra na Hebraica, no Rio de Janeiro.
Em 2014, Bolsonaro disse que não estupraria a colega Maria do Rosário (PT-RS) porque ela não merecia. "Eu não sou estuprador, mas, se fosse, não iria estuprar, porque não merece", afirmou o congressista, após ela defender vítimas da Ditadura Militar (1964-1985).
O general Hamilton Mourão (PRTB), vice do presidenciável, manifestou uma posição que vem sendo muito criticada. O militar Mourão afirmou que o narcotráfico recruta jovens de famílias pobres "sem avô e pai, mas com avó e mãe". "A partir do momento em que a família é dissociada, surgem os problemas sociais. Atacam eminentemente nas áreas carentes, onde não há pai e avô, mas sim mãe e avó. Por isso, é uma fábrica de elementos desajustados que tendem a ingressar nessas narco-quadrilhas", disse.
De acordo com o levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o número de lares chefiados por mulheres passou de 23%, em 1995 para 40%, em 2015.
Atos em diferentes cidades
Há páginas com eventos para cidades como São Paulo (SP), Santos (SP), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Vitória (ES), Campo Grande (MS), Salvador (BA), Balneário Camboriú (SC) e Goiânia (GO).
Os atos nos diferentes municípios não têm ligação com o grupo “Mulheres Unidas Contra Bolsonaro".