POSSE PRESIDENCIAL
 
A faixa presidencial foi passada a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por uma uma mulher negra. É a primeira vez na história do Brasil que o fato ocorre. Antes do artefato chegar ao petista, na tarde deste domingo (1º/1), a faixa foi passada pela mão de quatro representantes da sociedade: um menino preto, uma homem com deficiência, um morador da periferia e um indígena.

A tradição do artefato ser passado pelo antecessor não foi seguida por Jair Bolsonaro (PL), que deixou o país na sexta-feira (30/12) e nem por Hamilton Mourão (Republicanos). Com a ausência, a equipe de transição escolheu uma pessoa que representava os núcleos da sociedade que foram os pilares da vitória do petista. A informação já havia sido adiantada pelo líder do Partido dos Trabalhadores (PT), Reginaldo Lopes. 

O presidente Lula subiu a rampa do Palácio do Planalto junto à primeira-dama, Janja Lula da Silva, e os representantes da sociedade, por volta das 16h53. A passagem da faixa foi acompanhada por cerca de 40 mil pessoas presentes no local — a lotação foi controlada pela equipe de transição, que fechou o local assim que o número foi atingido.

Antes do rito simbólico, Lula e Alckmin passaram por cerimônia oficial no Congresso Nacional, onde foram empossados e assinaram o termo de posse.

Bolsonaro e Mourão se negaram a passar a faixa presidencial

Desde a implementação da Constituição de 1988, apenas dois presidentes concluíram o mandato e passaram a faixa presidencial para um sucessor eleito: Fernando Henrique Cardoso, que passou a Lula; e Lula, que passou a Dilma Rousseff (PT).

Jair Bolsonaro (PL) seria o terceiro da lista, mas deixou o país rumo aos Estados Unidos na sexta-feira (30/12) e não participa do rito simbólico. O ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) poderia, na ausência de Bolsonaro, passar a faixa presidencial, mas o agora senador pelo Rio Grande do Sul (RS) rejeitou o ato.