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As sondagens e avaliações deixaram o governo federal convencido de que a polarização política vai prevalecer, reeditando o duelo entre o candidato bolsonarista e o que terá apoio do campo lulista. Padilha não soube citar o nome que representará o campo anti-bolsonarista, mas citou Rogério Correia (PT) e o prefeito Fuad Noman (PSD), que busca a reeleição.
O fato de ambos não pontuarem bem nas pesquisas não seria o problema. “O próprio candidato bolsonarista vai puxar o contraponto a ele”, vaticinou Padilha, convicto que o debate ideológico será mais forte e intenso. “Haverá espaço para discutir os problemas da cidade, mas a polarização vai dominar”, previu ele, reconhecendo também que Fuad Noman precisa mudar seu estilo e campanha. “Ele precisa ter mais...”, recomendou, erguendo o pulso e o braço pra cima.
O cientista político e pesquisador do Instituto mineiro Quaest, Felipe Nunes, concordou, mas adiantou: “Em BH, a maioria é mais Bolsonaro do que Lula. Aí, a tendência é a direita, unida, se sobressair”.
Bem-me-quer; malmequer
A direita está rachada em três pré-candidaturas, mas nenhuma delas faz ataques entre si. Já a esquerda, que pode se reduzir a duas pré-candidaturas, vive em permanente confronto entre seus integrantes. Em sabatina à “Folha de S. Paulo”, Rogério Correia admitiu que o principal inimigo será a ultradireita.
Defendeu a unidade da esquerda em torno de seu nome, pelo fato de, segundo ele, ser apoiado pelo presidente Lula, mas descartou fazer aliança no 1º turno com Fuad Noman, a quem fez críticas. Outra crítica de Fuad, Duda Salabert (PDT) avaliou o quadro como preocupante e que a sua pré-candidatura seria a única capaz de vencer o bolsonarismo.
Apertem os cintos!
Sobre a polarização, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, avaliou que o país vive situação política esquizofrênica. “Isso me entristece. Às vezes, têm mais preocupação com as próximas eleições do que com as próximas gerações. A gente precisa encerrar isso (a eleição de 2022). É como se, dentro de um avião, parte dos passageiros que não gosta do piloto passasse a torcer para que ele cometa um erro. Todo mundo vai sofrer”, advertiu ele, em Araxá, garantindo que o ambiente interno nas Forças Armadas está pacificado hoje.
Ele também fez palestra que fez no evento organizado pela VB Comunicação, reunindo empresários. Numa agenda política e econômica intensa durante três dias. O colunista viajou a convite da organização.
Emendas afetam o governo
Ex-ministro das Relações Institucionais do governo Lula 2, o ministro José Múcio admitiu que articulação política ficou mais difícil. “No meu tempo, era mais fácil, porque não havia emendas impositivas. Havia uma dependência maior do Legislativo perante o Executivo. Hoje, ele é absolutamente independente. Isso é uma coisa que, no futuro, terá que ser equilibrada. Hoje, o Congresso Nacional tem poder demais e não tem a responsabilidade que esse poder inspira”, diagnosticou José Múcio.
Irmão de Zema reage
Ainda em Araxá, o irmão do governador Zema, Romero, encarou os policiais que se manifestaram contra Zema e sua política salarial. Enquanto filmava, ele apelou aos manifestantes para não protestarem diante da casa do pai deles, Ricardo, que estaria com a saúde debilitada. Por conta da pressão, Zema cancelou a agenda em sua terra natal.
TCE receita corte de isenção
No Relatório de Acompanhamento do Projeto de LDO, o Tribunal de Contas do Estado deu “sinal de alerta” ao governo mineiro para que apresente as projeções de renúncias fiscais. Segundo a Coordenadoria de Fiscalização e Avaliação da Macrogestão Governamental, no caso da adesão ao Regime de Recuperação Fiscal, as isenções devem ser reduzidas em 20%. “Deveriam estar em queda de, no mínimo, 20% nos três anos de vigência do Regime, mas, pelo contrário, tiveram aumento percentualmente mais expressivo”. Hoje, as isenções batem R$ 18 bilhões.
Autorização redundante
No dia 4 de junho, Zema publicou decreto autorizando o governo a reduzir os incentivos e benefícios fiscais ou financeiro-fiscais dos quais decorram renúncias de receitas, no percentual mínimo de 20% (vinte por cento). O decreto é autorizativo, mas não é obrigatório.
Plano contra desastre
Ainda na recomendação, o TCE orientou o governo mineiro a apresentar planejamento financeiro em casos de desastres ambientais. A iniciativa é para que Zema inclua no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, para 2025, um planejamento financeiro abordando questões relacionadas a riscos de natureza ambiental. O TCE recomendou que seja indicado, por exemplo, quais providências seriam adotadas caso o estado passe por um desastre de grande magnitude, como os rompimentos das barragens de Brumadinho e Mariana e das fortes chuvas, a exemplo do que ocorreu no estado gaúcho.
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As sondagens e avaliações deixaram o governo federal convencido de que a polarização política vai prevalecer, reeditando o duelo entre o candidato bolsonarista e o que terá apoio do campo lulista. Padilha não soube citar o nome que representará o campo anti-bolsonarista, mas citou Rogério Correia (PT) e o prefeito Fuad Noman (PSD), que busca a reeleição.
O fato de ambos não pontuarem bem nas pesquisas não seria o problema. “O próprio candidato bolsonarista vai puxar o contraponto a ele”, vaticinou Padilha, convicto que o debate ideológico será mais forte e intenso. “Haverá espaço para discutir os problemas da cidade, mas a polarização vai dominar”, previu ele, reconhecendo também que Fuad Noman precisa mudar seu estilo e campanha. “Ele precisa ter mais...”, recomendou, erguendo o pulso e o braço pra cima.
O cientista político e pesquisador do Instituto mineiro Quaest, Felipe Nunes, concordou, mas adiantou: “Em BH, a maioria é mais Bolsonaro do que Lula. Aí, a tendência é a direita, unida, se sobressair”.
Bem-me-quer; malmequer
A direita está rachada em três pré-candidaturas, mas nenhuma delas faz ataques entre si. Já a esquerda, que pode se reduzir a duas pré-candidaturas, vive em permanente confronto entre seus integrantes. Em sabatina à “Folha de S. Paulo”, Rogério Correia admitiu que o principal inimigo será a ultradireita.
Defendeu a unidade da esquerda em torno de seu nome, pelo fato de, segundo ele, ser apoiado pelo presidente Lula, mas descartou fazer aliança no 1º turno com Fuad Noman, a quem fez críticas. Outra crítica de Fuad, Duda Salabert (PDT) avaliou o quadro como preocupante e que a sua pré-candidatura seria a única capaz de vencer o bolsonarismo.
Apertem os cintos!
Sobre a polarização, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, avaliou que o país vive situação política esquizofrênica. “Isso me entristece. Às vezes, têm mais preocupação com as próximas eleições do que com as próximas gerações. A gente precisa encerrar isso (a eleição de 2022). É como se, dentro de um avião, parte dos passageiros que não gosta do piloto passasse a torcer para que ele cometa um erro. Todo mundo vai sofrer”, advertiu ele, em Araxá, garantindo que o ambiente interno nas Forças Armadas está pacificado hoje.
Ele também fez palestra que fez no evento organizado pela VB Comunicação, reunindo empresários. Numa agenda política e econômica intensa durante três dias. O colunista viajou a convite da organização.
Emendas afetam o governo
Ex-ministro das Relações Institucionais do governo Lula 2, o ministro José Múcio admitiu que articulação política ficou mais difícil. “No meu tempo, era mais fácil, porque não havia emendas impositivas. Havia uma dependência maior do Legislativo perante o Executivo. Hoje, ele é absolutamente independente. Isso é uma coisa que, no futuro, terá que ser equilibrada. Hoje, o Congresso Nacional tem poder demais e não tem a responsabilidade que esse poder inspira”, diagnosticou José Múcio.
Irmão de Zema reage
Ainda em Araxá, o irmão do governador Zema, Romero, encarou os policiais que se manifestaram contra Zema e sua política salarial. Enquanto filmava, ele apelou aos manifestantes para não protestarem diante da casa do pai deles, Ricardo, que estaria com a saúde debilitada. Por conta da pressão, Zema cancelou a agenda em sua terra natal.
TCE receita corte de isenção
No Relatório de Acompanhamento do Projeto de LDO, o Tribunal de Contas do Estado deu “sinal de alerta” ao governo mineiro para que apresente as projeções de renúncias fiscais. Segundo a Coordenadoria de Fiscalização e Avaliação da Macrogestão Governamental, no caso da adesão ao Regime de Recuperação Fiscal, as isenções devem ser reduzidas em 20%. “Deveriam estar em queda de, no mínimo, 20% nos três anos de vigência do Regime, mas, pelo contrário, tiveram aumento percentualmente mais expressivo”. Hoje, as isenções batem R$ 18 bilhões.
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