Brasília – Em sua coluna desta quarta-feira, a jornalista Mônica Bergamo revela a crise militar instalada em Brasília, diante das agressões da dupla Jair Bolsonaro e Olavo de Carvalho aos generais. "Os termos usados por Olavo de Carvalho, guru de Jair Bolsonaro, para se referir ao general Eduardo Villas Bôas, na terça (7), no Twitter, fizeram a temperatura entre os militares subir novamente. O guru afirmou que Villas Bôas, que o criticara um dia antes, era 'um doente preso a uma cadeira de rodas'. Mesmo depois disso, foi elogiado publicamente pelo presidente Jair Bolsonaro e por um dos filhos dele, Eduardo", diz a jornalista.
"O texto foi considerado ainda mais ofensivo, em alguns círculos militares do Palácio do Planalto, do que os ataques de Carvalho ao general Santos Cruz, da secretaria de governo —a quem o guru chamou de 'merda' e 'bosta'. No gabinete da vice-presidência, ocupada pelo general Hamilton Mourão, a ordem era nada comentar para não elevar a crise a níveis imprevisíveis, dado o inconformismo dos militares com o apoio de Bolsonaro ao guru. No segundo escalão militar, que lota os gabinetes de ministros de Bolsonaro, a indignação era a mesma. Em mensagens de WhatsApp, coronéis se referiam às atitudes de Olavo de Carvalho, apoiado por Bolsonaro, como 'favelagem'".