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São Paulo - O ex-ministro Aloizio Mercadante falou à TV 247 sobre o transporte de 39 quilos de cocaína pelo segundo-sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues em um avião presidencial. O militar foi preso no aerporto de Sevilla, na Espanha, na semana passada. Mercadante também falou sobre o desgaste do governo e de seu fracasso na agenda econômica e política.
Mercadante explicou inicialmente como é o protocolo de segurança em um avião presidencial e alertou que, no lugar da cocaína, poderia ter sido uma bomba plantada no avião. “O brigadeiro, que é responsável pela frota de aviões presidenciais, toda vez que o presidente viaja ele tem de estar dentro do avião, todos os mecânicos que cuidam do avião viajam junto e toda a segurança do avião viaja junto. Porque se o avião cair por sabotagem, quem participou da sabotagem, ou não fiscalizou, ou não cumpriu sua função, vai cair junto com o presidente. Então é muito rigoroso o controle, eu nunca vi entrar uma embalagem no avião presidencial que não passe pela vistoria, podia ser uma bomba”.
Para o ex-ministro, o acontecimento faz parte de uma estrutura maior de tráfico. Ele também ironizou a fala do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Augusto Heleno, que afirmou ser “falta de sorte” ter um militar transportando cocaína no avião presidencial. “É evidente que tem uma estrutura de tráfico por trás. Esse volume de cocaína custa quase R$ 6 milhões, alguém bancou essa história, tem que ir a fundo, investigar todos os responsáveis e serem punidos de forma exemplar. Não é ‘falta de sorte’, é uma tragédia para a segurança, é uma crise e mais um desgaste monumental da imagem do Brasil”.
Apesar das críticas, Aloizio Mercadante disse não responsabilizar ninguém do governo pelo ocorrido e cobrou investigação do caso. “É gravíssimo entrar uma mala no avião presidencial que não foi fiscalizada, mesmo não sendo o avião em que o presidente estava, mas é o avião que dá suporte à delegação onde vai a precursora, vai o pessoal de segurança e outros instrumentos e depois se tiver problema no avião presidencial esse substitui. É muito grave, do ponto de vista da segurança, isso que aconteceu. Eu não responsabilizo ninguém do governo por isso, não tenho provas, eu não tenho a leviandade que eles têm, não faço parte desse clã e nem desse método, sou muito cuidadoso nas minhas afirmações, mas é muito grave e tem que ser investigado”.
Sobre o enfraquecimento do governo, Mercadante afirmou que a base do presidente Jair Bolsonaro vem quebrando expectativas. O ex-ministro também fez críticas à equipe econômica do presidente. “O governo está frustrando expectativas de forma muito acelerada, chocou uma parte da sua própria base social e acirrou os conflitos na sociedade. Primeiro pelo fracasso econômico, quando o Bolsonaro tomou posse a projeção de crescimento da economia para este ano era de 2,5% ou 3%, algumas empresas de análise e bancos falavam em 3,5%, hoje a projeção média é de 0,8%, com viés de baixa. Ele perdeu a possibilidade de pelo menos um voo de galinha, a equipe econômica é incapaz de criar instrumentos inovadores de política econômica, colocar dinheiro na mão do povo, uma políticas de geração de emprego, uma renegociação de dívida, são 63 milhões de inadimplentes, 13,2 milhões de pessoas desempregadas, 4,6 milhões que estão no desalento, que já não acreditam mais que seja possível encontrar um emprego. Isso vai corroendo a base do governo”.
Ele também falou sobre a crise política que vive o atual governo. “Politicamente é um desastre. Você veja no Palácio do Planalto, é o terceiro ministro chefe da Secretaria-Geral da Presidência, agora ele está substituindo a função da Casa Civil e da Secretaria de Articulação Institucional pela Secretaria-Geral da Presidência. Já teve o Bebiano, o general Santos Cruz, que foram demitidos de uma forma vexaminosa, atacados pela família Bolsonaro, principalmente pelo Carluxo, de forma grosseira, pessoas que já saíram muito magoadas, que já romperam com Bolsonaro. E agora está colocando o general comandante do sudeste para fazer articulação política, isso é uma completa aventura. Além de economicamente e socialmente, politicamente o governo está expressando muitas dificuldades, muitas frustrações, uma insatisfação crescente no parlamento”.
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Em entrevista o ex-ministro da Educação Aloizio Mercadante comentou o caso do militar flagrado transportando 39 quilos de cocaína do Brasil à Espanha por avião da FAB que pertence à frota presidencial; “Esse volume de cocaína custa quase R$ 6 milhões, alguém bancou essa história”, afirmou
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Mercadante explicou inicialmente como é o protocolo de segurança em um avião presidencial e alertou que, no lugar da cocaína, poderia ter sido uma bomba plantada no avião. “O brigadeiro, que é responsável pela frota de aviões presidenciais, toda vez que o presidente viaja ele tem de estar dentro do avião, todos os mecânicos que cuidam do avião viajam junto e toda a segurança do avião viaja junto. Porque se o avião cair por sabotagem, quem participou da sabotagem, ou não fiscalizou, ou não cumpriu sua função, vai cair junto com o presidente. Então é muito rigoroso o controle, eu nunca vi entrar uma embalagem no avião presidencial que não passe pela vistoria, podia ser uma bomba”.
Para o ex-ministro, o acontecimento faz parte de uma estrutura maior de tráfico. Ele também ironizou a fala do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Augusto Heleno, que afirmou ser “falta de sorte” ter um militar transportando cocaína no avião presidencial. “É evidente que tem uma estrutura de tráfico por trás. Esse volume de cocaína custa quase R$ 6 milhões, alguém bancou essa história, tem que ir a fundo, investigar todos os responsáveis e serem punidos de forma exemplar. Não é ‘falta de sorte’, é uma tragédia para a segurança, é uma crise e mais um desgaste monumental da imagem do Brasil”.
Apesar das críticas, Aloizio Mercadante disse não responsabilizar ninguém do governo pelo ocorrido e cobrou investigação do caso. “É gravíssimo entrar uma mala no avião presidencial que não foi fiscalizada, mesmo não sendo o avião em que o presidente estava, mas é o avião que dá suporte à delegação onde vai a precursora, vai o pessoal de segurança e outros instrumentos e depois se tiver problema no avião presidencial esse substitui. É muito grave, do ponto de vista da segurança, isso que aconteceu. Eu não responsabilizo ninguém do governo por isso, não tenho provas, eu não tenho a leviandade que eles têm, não faço parte desse clã e nem desse método, sou muito cuidadoso nas minhas afirmações, mas é muito grave e tem que ser investigado”.
Sobre o enfraquecimento do governo, Mercadante afirmou que a base do presidente Jair Bolsonaro vem quebrando expectativas. O ex-ministro também fez críticas à equipe econômica do presidente. “O governo está frustrando expectativas de forma muito acelerada, chocou uma parte da sua própria base social e acirrou os conflitos na sociedade. Primeiro pelo fracasso econômico, quando o Bolsonaro tomou posse a projeção de crescimento da economia para este ano era de 2,5% ou 3%, algumas empresas de análise e bancos falavam em 3,5%, hoje a projeção média é de 0,8%, com viés de baixa. Ele perdeu a possibilidade de pelo menos um voo de galinha, a equipe econômica é incapaz de criar instrumentos inovadores de política econômica, colocar dinheiro na mão do povo, uma políticas de geração de emprego, uma renegociação de dívida, são 63 milhões de inadimplentes, 13,2 milhões de pessoas desempregadas, 4,6 milhões que estão no desalento, que já não acreditam mais que seja possível encontrar um emprego. Isso vai corroendo a base do governo”.
Ele também falou sobre a crise política que vive o atual governo. “Politicamente é um desastre. Você veja no Palácio do Planalto, é o terceiro ministro chefe da Secretaria-Geral da Presidência, agora ele está substituindo a função da Casa Civil e da Secretaria de Articulação Institucional pela Secretaria-Geral da Presidência. Já teve o Bebiano, o general Santos Cruz, que foram demitidos de uma forma vexaminosa, atacados pela família Bolsonaro, principalmente pelo Carluxo, de forma grosseira, pessoas que já saíram muito magoadas, que já romperam com Bolsonaro. E agora está colocando o general comandante do sudeste para fazer articulação política, isso é uma completa aventura. Além de economicamente e socialmente, politicamente o governo está expressando muitas dificuldades, muitas frustrações, uma insatisfação crescente no parlamento”.