O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, criticou o desmonte da Operação Lava Jato, descrevendo-o como um "justiçamento" e não justiça, em entrevista ao Estadão nesta quinta-feira (18). Sua declaração veio na sequência da cassação do mandato do deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR), ex-chefe da Lava Jato em Curitiba, um movimento que Aurélio vê como um precedente preocupante na Justiça Eleitoral.

Marco Aurélio expressou preocupação com o futuro político do senador Sérgio Moro (União-PR), ex-juiz da Lava Jato, que também enfrenta processos eleitorais. Em relação à possibilidade de Moro sofrer a mesma cassação que Dallagnol, Aurélio afirmou: "Eu não estaria dormindo bem no lugar do Moro".