RIO DE JANEIRO

O pastor Silas Malafaia novamente assumiu a postura mais efusiva do ato pró-bolsonaro, em Copacabana, neste domingo (21/4). Similar ao primeiro ato em São Paulo, em fevereiro, o líder religioso atacou o Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e ainda fez discurso contra os comandantes das forças armadas.

Malafaia discursou contra o inquérito que investiga uma tentativa de golpe supostamente comandado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu entorno de militares. Segundo o pastor, é impossível haver uma tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito sem violência e portanto a tese de golpe seria uma “fake news”.

O pastor ainda citou o empresário Elon Musk, que acusa o ministro Alexandre de Moraes, do STF, mas disse que ele próprio já denunciava o “autoritarismo” do magistrado.

Ele afirma que a própria Corte não apoia o magistrado.

“Alexandre de Moraes está jogando o STF na lata do lixo da moralidade. Eu não vou deixar escapar, os senhores comandantes militares do exército, marinha, aeronáutica, o chefe do Estado Maior, escutem: Coronel Cid, um dos mais brilhantes militares, a carreira desse oficial está sendo detonada por esse ditador”, disse.

O pastor ainda reclamou de uma suposta omissão dos comandantes militares e pediu a renúncia dos oficiais.

“Militares com folha corrida de serviços prestados à nação, sendo tratados como delinquentes e com a polícia federal na porta deles. Se esses comandantes militares honram a farda que veste, renunciem seus cargos. E nenhum outro oficial de quatro estrelas assuma até que haja uma investigação profunda do Senado”, emendou Malafaia.

Ao lado do ex-presidente Bolsonaro e do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o pastor também acusou o senador Rodrigo Pacheco de prevaricação e disse que ele “envergonha o povo mineiro”. Assim como outros bolsonaristas, o religioso pleiteia pelo impeachment de ministros do STF e mudanças na Corte máxima do país.

“O senhor presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, até aqui é um frouxo, covarde, omisso. Rodrigo Pacheco envergonha o honrado povo mineiro que elegeu ele. E os outros senadores, grande parte deles foram comprados por cargos neste governo. Rodrigo Pacheco, o senhor vai ser acusado de prevaricação”, completou.

O ato conta com a presença de dezenas de apoiadores do ex-presidente Bolsonaro, como o filho e senador, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, dentre outras personalidades.