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BRASÍLIA - Quatro meses após pedir demissão do Ministério da Previdência, Carlos Lupi depõe, nesta segunda-feira (8), à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre o escândalo dos descontos irregulares nas aposentadorias e pensões do INSS.
Em seus 15 minutos iniciais, Lupi se dedicou a explicar que não sabia a enormidade das fraudes até que aconteceu a operação da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU). Ele também criticou os descontos dos empréstimos consignados nas aposentadorias e pensões e afirmou sofrer injustiças.
“Sei que tenho falhas e defeitos, mas, saibam que jamais serão por má-fé”, disse. “Já senti a dor da injustiça, mas gosto muito de trechos da Bíblia que marcam minha vida e lá está escrito: os injustiçados serão enaltecidos. Tenho uma vida pela frente para aguardar o tempo de ver quem cometeu crime ser preso”, completou.
Lupi elogiou a iniciativa do Congresso Nacional em proibir os descontos de associações nos pagamentos de aposentados e pensionistas do INSS. “Acabaram com os descontos associativos. Por que não acabar com os descontos dos consignados também? É uma iniciativa muito salutar”, sugeriu.
O relator, deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), também pôs em xeque se Lupi, enquanto ministro, sabia ou não das irregularidades e se ele informou as suspeitas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Lupi negou. “Eu não tinha o quê informar ao presidente. Como eu ia comunicar? Tínhamos denúncias de coisas específicas e bem menores, mas não das milhões que apareceram na operação [da Polícia Federal]”, declarou.
Ele também disse que não conhecia Antonio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS, ou Maurício Camisotti, apontados pela PF como os dois principais operadores das fraudes. “Em relação ao Careca do INSS, pedi, inclusive, para verificar se em algum momento tive agenda com ele. Nunca tive”, acrescentou.
Carlos Lupi é o primeiro ex-ministro da Previdência a depôr à CPMI do INSS. Aqueles que o antecederam no ministério entre os governos Dilma Rousseff (PT), em 2015, e Jair Bolsonaro (PL), em 2022, também serão ouvidos pela comissão.
Pedido de demissão
Nomeado para a Previdência pelo presidente Lula após a eleição, Carlos Lupi pediu demissão em maio após estourar um escândalo de descontos irregulares nos pagamentos do INSS. Sobre ele recaíram acusações de omissão diante da suspeita de retiradas bilionárias das aposentadorias e pensões pagos pelo instituto.
A PF e a CGU revelaram que associações realizavam descontos nos benefícios sem autorização legal ou a partir de fraudes documentais. As investigações identificaram uma retirada ilegal de R$ 6,3 bilhões entre 2013 e 2024. A operação levou à demissão do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, afastado do cargo por determinação da Justiça e retirado do cargo por determinação do presidente Lula.
A principal acusação contra Lupi é de omissão grave. Ele teria ignorado alertar de auditorias internas e externas que apontavam irregularidades crescentes no modelo de convênios com entidades de aposentados.
O TCU identificou que, apenas entre 2021 e 2024, a arrecadação dessas entidades por meio de descontos diretos saltou de R$ 544 milhões para R$ 2,1 bilhões. Esse crescimento acelerado aconteceu sob os governos de Jair Bolsonaro e Lula, ambos agora sob escrutínio por facilitarem ou não conterem a proliferação desses convênios.
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Lupi elogiou a iniciativa do Congresso Nacional em proibir os descontos de associações nos pagamentos de aposentados e pensionistas do INSS. “Acabaram com os descontos associativos. Por que não acabar com os descontos dos consignados também? É uma iniciativa muito salutar”, sugeriu.
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Carlos Lupi é o primeiro ex-ministro da Previdência a depôr à CPMI do INSS. Aqueles que o antecederam no ministério entre os governos Dilma Rousseff (PT), em 2015, e Jair Bolsonaro (PL), em 2022, também serão ouvidos pela comissão.
Pedido de demissão
Nomeado para a Previdência pelo presidente Lula após a eleição, Carlos Lupi pediu demissão em maio após estourar um escândalo de descontos irregulares nos pagamentos do INSS. Sobre ele recaíram acusações de omissão diante da suspeita de retiradas bilionárias das aposentadorias e pensões pagos pelo instituto.
A PF e a CGU revelaram que associações realizavam descontos nos benefícios sem autorização legal ou a partir de fraudes documentais. As investigações identificaram uma retirada ilegal de R$ 6,3 bilhões entre 2013 e 2024. A operação levou à demissão do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, afastado do cargo por determinação da Justiça e retirado do cargo por determinação do presidente Lula.
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O TCU identificou que, apenas entre 2021 e 2024, a arrecadação dessas entidades por meio de descontos diretos saltou de R$ 544 milhões para R$ 2,1 bilhões. Esse crescimento acelerado aconteceu sob os governos de Jair Bolsonaro e Lula, ambos agora sob escrutínio por facilitarem ou não conterem a proliferação desses convênios.