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string(99) "Lula: presidentes eleitos têm que assumir as responsabilidades na distribuição global de vacinas"
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string(5784) "O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou nesta segunda-feira (22) vídeo de sua entrevista ao jornal francês Le Monde, publicada na edição que chegou às bancas na sexta-feira (19).
Na entrevista, Lula voltou a defender a reunião do G20 para discutir a pandemia. "A vacina não pode ser uma coisa mercantilizada, ela precisa se tornar um bem da humanidade", afirmou.
"É preciso que os dirigentes se comportem como líderes políticos. Não é uma Comissão Europeia que vai cuidar disso, são os presidentes eleitos democraticamente pelo voto que têm que assumir as responsabilidades", disse Lula.
O ex-presidente também destacou a relação entre o Brasil e a França, que classificou como "histórica" e "forte".
O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva concedeu uma longa entrevista ao jornal francês Le Monde. O líder petista confirmou novamente a possibilidade de sua candidatura em 2022 e criticou de forma severa a gestão da pandemia de Covid-19 pelo governo de Jair Bolsonaro.
A entrevista publicada na edição que chegou às bancas nesta sexta-feira (19) foi realizada por meio de videoconferência pelos jornalistas Bruno Meyerfeld, atual correspondente do Le Monde no Brasil, e Nicolas Bourcier, que também já foi correspondente no país. Os repórteres afirmam que “a extraordinária energia” de Lula se mantém intacta apesar dos cabelos e da barba brancos, e começam a conversa questionando a possível candidatura de Lula para a próxima eleição.
“É difícil hoje responder dizendo sim ou não”, respondeu o petista. “Eu tenho 75 anos e em 2022, no momento das eleições, terei 77. Se eu continuar em boa forma e que houver um consenso entre os partidos progressistas desse país para que eu seja candidato, não vejo nenhum problema nisso! Mas eu já fui candidato, já foi presidente e já efetuei dois mandatos. Eu também posso apoiar alguém que esteja bem colocado para vencer. O mais importante é não deixar Jair Bolsonaro continuar governando esse país”, insistiu.
Se Lula preferiu não dar certezas sobre sua candidatura, ele foi menos comedido ao falar do atual chefe de Estado e sua gestão do país. “Eu comecei na política nos anos 1970 e nunca vi meu povo sofrer como hoje. As pessoas morrem nas portas dos hospitais e a fome está de volta. E, diante disso, temos um presidente que prefere comprar armas de fogo no lugar de livros e vacinas. O Brasil está sendo dirigido por um presidente genocida. E isso é muito triste”.
Cultura do ódio
Citando Chico Buarque, que alertou para a “cultura do ódio” que toma conta do Brasil, os jornalistas perguntaram como o ex-presidente vive o fato de ser alvo de tanta animosidade. Lula respondeu que “o ódio não é brasileiro” e que “se existe um povo amoroso e humanista no planeta, esse povo é o brasileiro”. No entanto, aponta o ex-presidente, a população vem sendo bombardeada pelo discurso de ódio.
“Antes, se a gente encontrava um adversário político em um restaurante, dávamos a mão para cumprimentá-lo. Hoje, corremos o risco de levar um tiro! Precisamos acabar com isso. A democracia é o contrário: é a civilidade, a maturidade. Esse país precisa de paz, e não de armas.”
Pandemia é a “3ª guerra mundial”
Ao ser questionado sobre a crise sanitária, Lula ressaltou o que qualificou de erros graves da presidência atual desde o início da pandemia. O ex-chefe de Estado lembrou as declarações de Jair Bolsonaro, que chamou o vírus da Covid-19 de “gripezinha” no começo do surto, a resistência do atual presidente ao uso de máscara e a campanha em favor da cloroquina. “Ele se enganou como se engana uma criança que vai comprar pirulitos. Desperdiçou milhões comprando esse produto ineficaz contra a Covid-19”, acusa. “Bolsonaro é tão ignorante! Ele pensa que não aceitar a gravidade da pandemia vai fazer a economia ser retomada. O único remédio é vacinar o povo brasileiro”, resume.
Sobre a gestão internacional da pandemia, Lula também não poupa críticas. Ele reclama da ausência de uma reunião do G20 ou do G8 para discutir a situação e pede que o líder francês Emmanuel Macron mobilize os presidentes Joe Biden, dos Estados Unidos, Xi Jinping, da China, e Vladimir Putin, da Rússia. “Estamos em guerra. É a 3ª guerra mundial e o inimigo é muito perigoso”, sentencia o brasileiro nas páginas do jornal Le Monde.
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Na entrevista, Lula voltou a defender a reunião do G20 para discutir a pandemia. "A vacina não pode ser uma coisa mercantilizada, ela precisa se tornar um bem da humanidade", afirmou.
"É preciso que os dirigentes se comportem como líderes políticos. Não é uma Comissão Europeia que vai cuidar disso, são os presidentes eleitos democraticamente pelo voto que têm que assumir as responsabilidades", disse Lula.
O ex-presidente também destacou a relação entre o Brasil e a França, que classificou como "histórica" e "forte".
O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva concedeu uma longa entrevista ao jornal francês Le Monde. O líder petista confirmou novamente a possibilidade de sua candidatura em 2022 e criticou de forma severa a gestão da pandemia de Covid-19 pelo governo de Jair Bolsonaro.
A entrevista publicada na edição que chegou às bancas nesta sexta-feira (19) foi realizada por meio de videoconferência pelos jornalistas Bruno Meyerfeld, atual correspondente do Le Monde no Brasil, e Nicolas Bourcier, que também já foi correspondente no país. Os repórteres afirmam que “a extraordinária energia” de Lula se mantém intacta apesar dos cabelos e da barba brancos, e começam a conversa questionando a possível candidatura de Lula para a próxima eleição.
“É difícil hoje responder dizendo sim ou não”, respondeu o petista. “Eu tenho 75 anos e em 2022, no momento das eleições, terei 77. Se eu continuar em boa forma e que houver um consenso entre os partidos progressistas desse país para que eu seja candidato, não vejo nenhum problema nisso! Mas eu já fui candidato, já foi presidente e já efetuei dois mandatos. Eu também posso apoiar alguém que esteja bem colocado para vencer. O mais importante é não deixar Jair Bolsonaro continuar governando esse país”, insistiu.
Se Lula preferiu não dar certezas sobre sua candidatura, ele foi menos comedido ao falar do atual chefe de Estado e sua gestão do país. “Eu comecei na política nos anos 1970 e nunca vi meu povo sofrer como hoje. As pessoas morrem nas portas dos hospitais e a fome está de volta. E, diante disso, temos um presidente que prefere comprar armas de fogo no lugar de livros e vacinas. O Brasil está sendo dirigido por um presidente genocida. E isso é muito triste”.
Cultura do ódio
Citando Chico Buarque, que alertou para a “cultura do ódio” que toma conta do Brasil, os jornalistas perguntaram como o ex-presidente vive o fato de ser alvo de tanta animosidade. Lula respondeu que “o ódio não é brasileiro” e que “se existe um povo amoroso e humanista no planeta, esse povo é o brasileiro”. No entanto, aponta o ex-presidente, a população vem sendo bombardeada pelo discurso de ódio.
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Pandemia é a “3ª guerra mundial”
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Sobre a gestão internacional da pandemia, Lula também não poupa críticas. Ele reclama da ausência de uma reunião do G20 ou do G8 para discutir a situação e pede que o líder francês Emmanuel Macron mobilize os presidentes Joe Biden, dos Estados Unidos, Xi Jinping, da China, e Vladimir Putin, da Rússia. “Estamos em guerra. É a 3ª guerra mundial e o inimigo é muito perigoso”, sentencia o brasileiro nas páginas do jornal Le Monde.