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"É hora de dar os braços ao João Doria, ao Eduardo Leite, independentemente de 2022. É a hora de os líderes demonstrarem grandeza", afirmou Dias ao Estadão, sobre os governadores tucanos de São Paulo e do Rio Grande do Sul.
Dias e Lula conversaram na quinta-feira, 11. O aliado do Piauí é o coordenador do consórcio de governadores do Nordeste, que anunciou, no dia seguinte, um acordo com o fabricante russo da vacina Sputnik para a compra de 39 milhões de doses. A inclusão de Lula nos diálogos sobre a crise sanitária teria dois objetivos: mantê-lo em evidência, mas fora do noticiário sobre seus problemas judiciais, e reforçar a estratégia de buscar estabelecer pontes com o centro.
Na quarta-feira, 10, o ex-presidente aconselhou o partido a repensar os encontros eleitorais que havia autorizado o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad a cumprir. Candidato ao Planalto derrotado em 2018, ele já havia se reunido com o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD). No dia seguinte, deveria ter se encontrado o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), mas cancelou. A ordem é deixar baixar a poeira da decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que tornou Lula elegível.
Aceno
Para conseguir romper o canto esquerdo onde estava relegado nos últimos anos, o petismo não poupa, agora, elogios à atuação de Doria na pandemia. Wellington Dias afirmou: "O papel dele é importantíssimo. Se não fosse o governador Doria, não teríamos vacinação. São do Butantan cerca de 8 milhões das 12 milhões de vacina aplicadas até agora no Brasil".
O governador do Piauí disse ter explicado a Lula que vacinas e respiradores são hoje alvo de um "leilão mundial" e que não há coordenação no País que auxilie os Estados nessa busca. "Lula é respeitadíssimo, assim como FHC e Temer. Eles podem usar seus contatos internacionais", afirmou o petista.
Em janeiro Lula havia enviado carta ao líder chinês Xi Jinping para criticar Bolsonaro e elogiar o embaixador Yang Wanming e a parceria entre a chinesa Sinovac e o Instituto Butantan para a produção da Coronavac, a principal aposta de Doria. No sábado, 12, quando recebeu a primeira dose, voltou a exaltar a vacina e o Butantan.
O Estadão consultou outros líderes petistas com acesso a Lula, que confirmaram a ordem de enfatizar a pandemia para o partido se contrapor ao governo Bolsonaro, discutindo o que fazer para combater o vírus.
"O efeito da pandemia será devastador. E o tema será central na campanha. Bolsonaro lutou contra vacinas, não paga UTIs, é contra medidas de contenção. Ele vai carregar as mortes até a campanha", disse o ex-governador de Minas Fernando Pimentel. "O antipetismo perdeu relevância. O relevante agora é o antibolsonarismo. Para a maioria do eleitorado, o que importa é derrotar Bolsonaro."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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"É hora de dar os braços ao João Doria, ao Eduardo Leite, independentemente de 2022. É a hora de os líderes demonstrarem grandeza", afirmou Dias ao Estadão, sobre os governadores tucanos de São Paulo e do Rio Grande do Sul.
Dias e Lula conversaram na quinta-feira, 11. O aliado do Piauí é o coordenador do consórcio de governadores do Nordeste, que anunciou, no dia seguinte, um acordo com o fabricante russo da vacina Sputnik para a compra de 39 milhões de doses. A inclusão de Lula nos diálogos sobre a crise sanitária teria dois objetivos: mantê-lo em evidência, mas fora do noticiário sobre seus problemas judiciais, e reforçar a estratégia de buscar estabelecer pontes com o centro.
Na quarta-feira, 10, o ex-presidente aconselhou o partido a repensar os encontros eleitorais que havia autorizado o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad a cumprir. Candidato ao Planalto derrotado em 2018, ele já havia se reunido com o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD). No dia seguinte, deveria ter se encontrado o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), mas cancelou. A ordem é deixar baixar a poeira da decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que tornou Lula elegível.
Aceno
Para conseguir romper o canto esquerdo onde estava relegado nos últimos anos, o petismo não poupa, agora, elogios à atuação de Doria na pandemia. Wellington Dias afirmou: "O papel dele é importantíssimo. Se não fosse o governador Doria, não teríamos vacinação. São do Butantan cerca de 8 milhões das 12 milhões de vacina aplicadas até agora no Brasil".
O governador do Piauí disse ter explicado a Lula que vacinas e respiradores são hoje alvo de um "leilão mundial" e que não há coordenação no País que auxilie os Estados nessa busca. "Lula é respeitadíssimo, assim como FHC e Temer. Eles podem usar seus contatos internacionais", afirmou o petista.
Em janeiro Lula havia enviado carta ao líder chinês Xi Jinping para criticar Bolsonaro e elogiar o embaixador Yang Wanming e a parceria entre a chinesa Sinovac e o Instituto Butantan para a produção da Coronavac, a principal aposta de Doria. No sábado, 12, quando recebeu a primeira dose, voltou a exaltar a vacina e o Butantan.
O Estadão consultou outros líderes petistas com acesso a Lula, que confirmaram a ordem de enfatizar a pandemia para o partido se contrapor ao governo Bolsonaro, discutindo o que fazer para combater o vírus.
"O efeito da pandemia será devastador. E o tema será central na campanha. Bolsonaro lutou contra vacinas, não paga UTIs, é contra medidas de contenção. Ele vai carregar as mortes até a campanha", disse o ex-governador de Minas Fernando Pimentel. "O antipetismo perdeu relevância. O relevante agora é o antibolsonarismo. Para a maioria do eleitorado, o que importa é derrotar Bolsonaro."
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