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Para Alckmin, no entanto, as conversas políticas entre os Poderes Executivo e Legislativo são bem feitas pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. "Como estávamos na primeira fileira, eu e Haddad (sic), ele (Lula) se referiu a nós dois. Mas no fundo, ele estava dizendo que todo mundo precisa ajudar nessa articulação política, que é bem coordenada e bem feita pelo ministro Padilha, doutor Padilha", disse o vice-presidente em entrevista à rádio Band News FM, nesta segunda-feira, 29.
Ex-governador de São Paulo, Alckmin jogou a responsabilidade para falta de maioria no Congresso na fragmentação partidária. Ele lembrou que no governo Franco Montoro (governador de São Paulo entre 1983 e 1987), o MDB governava sozinho. "Eram 84 deputados na Assembleia (Legislativa de São Paulo). Nosso partido, à época, o MDB, o Manda Brasa, elegeu 42. Você governava com um partido e tinha mais 4, 5 na Assembleia. Hoje, dos 513 deputados, os 13 partidos que apoiaram o presidente Lula têm 139 deputados ao todo. Evidente que é muito mais complexo", disse.
Para o vice de Lula, a fragmentação partidária tende a se reduzir no decorrer dos anos. Isso porque a cláusula de barreira cresce em cada pleito. "Mas o presidente Lula é o homem do diálogo. Quero dar o exemplo aqui da reforma tributária, que é PEC, que demanda maioria qualificada e foi aprovada. Esperada há mais de 30 anos. O caminho é o caminho do diálogo. Com tempo vai melhorar, porque cada eleição vai aumentar a cláusula de desempenho. Acho que todo mundo deve ajudar nessa conversa partidária", afirmou.
Alckmin ainda citou a importância do cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, depois de o ministro Haddad cobrar participação do Congresso no cumprimento da lei. Alckmin citou também a desoneração da folha que, para ele, deveria ser ampla e no primeiro salário.
"A gente deveria começar, depois de aprovada a reforma tributária, o trabalho de desoneração da folha, porque o problema do mundo é emprego e renda. A tecnologia permite você fazer mais com menos gente. No futuro, defendo que se estude, até fiz um estudo, se desonerar todo primeiro salário custa R$ 110 bilhões. Eu preciso de 1% do PIB, desonerei 1% da folha. Sempre tenho de compensar. Acho que o cumprimento da Lei de Responsabilidade é dever de todos nós", disse.
Estadão Conteúdo
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Para Alckmin, no entanto, as conversas políticas entre os Poderes Executivo e Legislativo são bem feitas pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. "Como estávamos na primeira fileira, eu e Haddad (sic), ele (Lula) se referiu a nós dois. Mas no fundo, ele estava dizendo que todo mundo precisa ajudar nessa articulação política, que é bem coordenada e bem feita pelo ministro Padilha, doutor Padilha", disse o vice-presidente em entrevista à rádio Band News FM, nesta segunda-feira, 29.
Ex-governador de São Paulo, Alckmin jogou a responsabilidade para falta de maioria no Congresso na fragmentação partidária. Ele lembrou que no governo Franco Montoro (governador de São Paulo entre 1983 e 1987), o MDB governava sozinho. "Eram 84 deputados na Assembleia (Legislativa de São Paulo). Nosso partido, à época, o MDB, o Manda Brasa, elegeu 42. Você governava com um partido e tinha mais 4, 5 na Assembleia. Hoje, dos 513 deputados, os 13 partidos que apoiaram o presidente Lula têm 139 deputados ao todo. Evidente que é muito mais complexo", disse.
Para o vice de Lula, a fragmentação partidária tende a se reduzir no decorrer dos anos. Isso porque a cláusula de barreira cresce em cada pleito. "Mas o presidente Lula é o homem do diálogo. Quero dar o exemplo aqui da reforma tributária, que é PEC, que demanda maioria qualificada e foi aprovada. Esperada há mais de 30 anos. O caminho é o caminho do diálogo. Com tempo vai melhorar, porque cada eleição vai aumentar a cláusula de desempenho. Acho que todo mundo deve ajudar nessa conversa partidária", afirmou.
Alckmin ainda citou a importância do cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, depois de o ministro Haddad cobrar participação do Congresso no cumprimento da lei. Alckmin citou também a desoneração da folha que, para ele, deveria ser ampla e no primeiro salário.
"A gente deveria começar, depois de aprovada a reforma tributária, o trabalho de desoneração da folha, porque o problema do mundo é emprego e renda. A tecnologia permite você fazer mais com menos gente. No futuro, defendo que se estude, até fiz um estudo, se desonerar todo primeiro salário custa R$ 110 bilhões. Eu preciso de 1% do PIB, desonerei 1% da folha. Sempre tenho de compensar. Acho que o cumprimento da Lei de Responsabilidade é dever de todos nós", disse.
Estadão Conteúdo