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BRASÍLIA - A crise diplomática envolvendo as eleições na Venezuela deve continuar tirando o sono do Palácio do Planalto ao longo desta semana. A demora, que completou duas semanas, na divulgação completa das atas de votação pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão vinculado ao governo de Nicolás Maduro, preocupa o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O Brasil, junto com Colômbia e México, tem sido considerado um intermediário em um conflito internacional. Os Estados Unidos, a União Europeia e outros países da América Latina, como Argentina e Chile, não reconheceram a reeleição de Nicolás Maduro e questionam a transparência do processo eleitoral devido à falta de divulgação dos boletins das urnas.
As três nações não reconheceram a vitória de Maduro, mas têm adotado uma postura cautelosa durante o processo. Na última semana, solicitaram acesso aos dados eleitorais. “As controvérsias sobre o processo eleitoral devem ser dirimidas pela via institucional. O princípio fundamental da soberania popular deve ser respeitado mediante a verificação imparcial dos resultados”, diz o texto.
A falta de resposta do CNE tem gerado preocupação entre os diplomatas dos países envolvidos. Em resposta, os presidentes do Brasil, Lula; da Colômbia, Gustavo Petro; e do México, Andrés Manuel López Obrador, devem se falar por telefone nesta segunda-feira (12) para definir os próximos passos. Além disso, o ministro do Itamaraty, Mauro Vieira, viajará para a Colômbia.
Entre as ações consideradas estão solicitar conversas com Nicolás Maduro e com Edmundo González, oponente do ditador que a oposição no país autoproclamou vencedor das eleições após a falta de divulgação das atas. Enquanto isso, protestos foram registrados no país e contabilizam, até o momento, ao menos 12 mortos, dezenas de feridos e mais de mil presos.
Os resultados divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela no dia após a eleição, em 29 de julho, informam que Nicolás Maduro foi reeleito com 51,2% dos votos, contra 44% do opositor Edmundo González. A oposição, no entanto, afirma que Edmundo González venceu com 70%. O órgão que organiza a eleição na Venezuela é totalmente controlado pelo regime chavista.
Eleição na Venezuela virou problema para petista
A eleição presidencial na Venezuela põe à prova a relação de Lula com o regime chavista, no poder há 25 anos. A pressão sobre o petista aumenta a cada dia. No Brasil, até parlamentares petistas e ministros do governo Lula têm criticado publicamente Maduro, não reconhecendo a sua vitória, assim como governos de outros países.
Além de mandar prender manifestantes, Maduro expulsou diplomatas de países que não reconheceram a sua vitória. O Brasil assumiu as embaixadas do Peru e da Argentina. Essa atitude levou o presidente da Argentina, Javier Milei, e a líder opositora venezuelana María Corina Machado a publicarem nas redes sociais agradecimentos ao governo brasileiro.
A relação de Lula com a Venezuela sempre foi alvo de críticas no Brasil, principalmente por parte da direita. O petista foi eleito em 2022 com o discurso de defesa da democracia, que atraiu uma ampla aliança com partidos de esquerda e centro. Agora, diante do impasse na Venezuela, ele vem sendo muito cobrado, já que o regime de Maduro é tido como autoritário e antidemocrático.
Lula recebeu Maduro em Brasília, com honrarias, em maio de 2023. O presidente venezuelano não vinha ao Brasil desde 2015, quando participou da posse do segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que sofreu impeachment no ano seguinte. Sua presença no país era vetada desde agosto de 2019, quando foi publicada uma portaria assinada pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) que também proibia o ingresso de outras autoridades do país vizinho.
O petista classificou como “histórico” o encontro com Maduro no ano passado. Durante declaração conjunta à imprensa, o brasileiro fez fortes críticas aos EUA pelo embargo econômico ao país vizinho, afirmando que as sanções econômicas são “piores do que uma guerra”, e chamou de “narrativas” as acusações de que a Venezuela não vive sob um regime democrático.
Lula e Maduro voltaram a se encontrar em outubro de 2023. Na ocasião, trataram de diversas cooperações entre os dois países, que haviam sido suspensas no governo de Jair Bolsonaro (PL). Entre outras coisas, Lula e Maduro discutiram a retomada da exportação de energia elétrica da Venezuela para o Brasil.
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BRASÍLIA - A crise diplomática envolvendo as eleições na Venezuela deve continuar tirando o sono do Palácio do Planalto ao longo desta semana. A demora, que completou duas semanas, na divulgação completa das atas de votação pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão vinculado ao governo de Nicolás Maduro, preocupa o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O Brasil, junto com Colômbia e México, tem sido considerado um intermediário em um conflito internacional. Os Estados Unidos, a União Europeia e outros países da América Latina, como Argentina e Chile, não reconheceram a reeleição de Nicolás Maduro e questionam a transparência do processo eleitoral devido à falta de divulgação dos boletins das urnas.
As três nações não reconheceram a vitória de Maduro, mas têm adotado uma postura cautelosa durante o processo. Na última semana, solicitaram acesso aos dados eleitorais. “As controvérsias sobre o processo eleitoral devem ser dirimidas pela via institucional. O princípio fundamental da soberania popular deve ser respeitado mediante a verificação imparcial dos resultados”, diz o texto.
A falta de resposta do CNE tem gerado preocupação entre os diplomatas dos países envolvidos. Em resposta, os presidentes do Brasil, Lula; da Colômbia, Gustavo Petro; e do México, Andrés Manuel López Obrador, devem se falar por telefone nesta segunda-feira (12) para definir os próximos passos. Além disso, o ministro do Itamaraty, Mauro Vieira, viajará para a Colômbia.
Entre as ações consideradas estão solicitar conversas com Nicolás Maduro e com Edmundo González, oponente do ditador que a oposição no país autoproclamou vencedor das eleições após a falta de divulgação das atas. Enquanto isso, protestos foram registrados no país e contabilizam, até o momento, ao menos 12 mortos, dezenas de feridos e mais de mil presos.
Os resultados divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela no dia após a eleição, em 29 de julho, informam que Nicolás Maduro foi reeleito com 51,2% dos votos, contra 44% do opositor Edmundo González. A oposição, no entanto, afirma que Edmundo González venceu com 70%. O órgão que organiza a eleição na Venezuela é totalmente controlado pelo regime chavista.
Eleição na Venezuela virou problema para petista
A eleição presidencial na Venezuela põe à prova a relação de Lula com o regime chavista, no poder há 25 anos. A pressão sobre o petista aumenta a cada dia. No Brasil, até parlamentares petistas e ministros do governo Lula têm criticado publicamente Maduro, não reconhecendo a sua vitória, assim como governos de outros países.
Além de mandar prender manifestantes, Maduro expulsou diplomatas de países que não reconheceram a sua vitória. O Brasil assumiu as embaixadas do Peru e da Argentina. Essa atitude levou o presidente da Argentina, Javier Milei, e a líder opositora venezuelana María Corina Machado a publicarem nas redes sociais agradecimentos ao governo brasileiro.
A relação de Lula com a Venezuela sempre foi alvo de críticas no Brasil, principalmente por parte da direita. O petista foi eleito em 2022 com o discurso de defesa da democracia, que atraiu uma ampla aliança com partidos de esquerda e centro. Agora, diante do impasse na Venezuela, ele vem sendo muito cobrado, já que o regime de Maduro é tido como autoritário e antidemocrático.
Lula recebeu Maduro em Brasília, com honrarias, em maio de 2023. O presidente venezuelano não vinha ao Brasil desde 2015, quando participou da posse do segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que sofreu impeachment no ano seguinte. Sua presença no país era vetada desde agosto de 2019, quando foi publicada uma portaria assinada pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) que também proibia o ingresso de outras autoridades do país vizinho.
O petista classificou como “histórico” o encontro com Maduro no ano passado. Durante declaração conjunta à imprensa, o brasileiro fez fortes críticas aos EUA pelo embargo econômico ao país vizinho, afirmando que as sanções econômicas são “piores do que uma guerra”, e chamou de “narrativas” as acusações de que a Venezuela não vive sob um regime democrático.
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