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string(4188) "O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), pediu à Polícia Federal (PF) escolta para o deputado Amom Mandel (Cidadania-AM). O pedido foi encaminhado ao superintendente da PF no Amazonas, o delegado Umberto Ramos, para os trâmites necessários. A expectativa é que a corporação disponibilize pelo menos um agente para fazer a segurança do deputado em até dois dias. Não há prazo determinado para a escolta terminar.
A PF deve acompanhar Amom Mandel quando ele estiver no Amazonas, seu Estado de origem, e a Polícia Legislativa ficará encarregada da escolta quando o deputado estiver em Brasília.
Ao Estadão, Amon Mandel afirma que, apesar de ter conseguido a escolta, precisar dela é uma "derrota". "Pessoalmente, a sensação de ser ameaçado e precisar de segurança é uma humilhação e gera apreensão."
Ele pediu reforço na segurança após ter compartilhado com a Polícia Federal um dossiê produzido por servidores do próprio governo Wilson Lima (União) que, segundo o parlamentar, teria associado autoridades da alta cúpula da Segurança Pública do Estado com o tráfico de drogas e o crime organizado.
O Estadão apurou que o relatório denuncia a suposta negociação paralela de favores entre autoridades e facções criminosas, em troca de informações. O irmão de um narcotraficante chegou a ser nomeado para um cargo de gerência na Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência, mas foi exonerado após o parentesco vir a público.
Amom Mandel afirma que vem sendo ameaçado desde que levou o caso à PF e que sofreu uma tentativa de "intimidação" durante uma abordagem da Polícia Militar do Amazonas. Como mostrou o Estadão, a PF investiga a versão e apura se os policiais agiram deliberadamente para intimidar o deputado e se cumpriam ordens de superiores hierárquicos.
A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas nega que o parlamentar tenha sido desrespeitado ou ameaçado. A pasta afirma que a abordagem foi "rotineira" e que o deputado foi tratado com "cordialidade". Os policiais afirmaram no boletim de ocorrência que Amom Mandel cometeu abuso de autoridade.
COM A PALAVRA, O DEPUTADO AMOM MANDEL
"Para mim, isso é, ao mesmo tempo, uma derrota e uma vitória: pessoalmente, a sensação de ser ameaçado e precisar de segurança é uma humilhação e gera apreensão entre a família e amigos. Eu me sinto triste por isso ter chegado a esse nível e por ver, por dentro, as entranhas das relações entre a cúpula da Segurança no Amazonas e facções criminosas. Por outro lado, saber que o Congresso Nacional está agindo para defender as prerrogativas conferidas a mim pelo voto popular é uma vitória. Não me sinto mais sozinho: tenho a Câmara inteira para garantir as minhas prerrogativas."
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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), pediu à Polícia Federal (PF) escolta para o deputado Amom Mandel (Cidadania-AM). O pedido foi encaminhado ao superintendente da PF no Amazonas, o delegado Umberto Ramos, para os trâmites necessários. A expectativa é que a corporação disponibilize pelo menos um agente para fazer a segurança do deputado em até dois dias. Não há prazo determinado para a escolta terminar.
A PF deve acompanhar Amom Mandel quando ele estiver no Amazonas, seu Estado de origem, e a Polícia Legislativa ficará encarregada da escolta quando o deputado estiver em Brasília.
Ao Estadão, Amon Mandel afirma que, apesar de ter conseguido a escolta, precisar dela é uma "derrota". "Pessoalmente, a sensação de ser ameaçado e precisar de segurança é uma humilhação e gera apreensão."
Ele pediu reforço na segurança após ter compartilhado com a Polícia Federal um dossiê produzido por servidores do próprio governo Wilson Lima (União) que, segundo o parlamentar, teria associado autoridades da alta cúpula da Segurança Pública do Estado com o tráfico de drogas e o crime organizado.
O Estadão apurou que o relatório denuncia a suposta negociação paralela de favores entre autoridades e facções criminosas, em troca de informações. O irmão de um narcotraficante chegou a ser nomeado para um cargo de gerência na Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência, mas foi exonerado após o parentesco vir a público.
Amom Mandel afirma que vem sendo ameaçado desde que levou o caso à PF e que sofreu uma tentativa de "intimidação" durante uma abordagem da Polícia Militar do Amazonas. Como mostrou o Estadão, a PF investiga a versão e apura se os policiais agiram deliberadamente para intimidar o deputado e se cumpriam ordens de superiores hierárquicos.
A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas nega que o parlamentar tenha sido desrespeitado ou ameaçado. A pasta afirma que a abordagem foi "rotineira" e que o deputado foi tratado com "cordialidade". Os policiais afirmaram no boletim de ocorrência que Amom Mandel cometeu abuso de autoridade.
COM A PALAVRA, O DEPUTADO AMOM MANDEL
"Para mim, isso é, ao mesmo tempo, uma derrota e uma vitória: pessoalmente, a sensação de ser ameaçado e precisar de segurança é uma humilhação e gera apreensão entre a família e amigos. Eu me sinto triste por isso ter chegado a esse nível e por ver, por dentro, as entranhas das relações entre a cúpula da Segurança no Amazonas e facções criminosas. Por outro lado, saber que o Congresso Nacional está agindo para defender as prerrogativas conferidas a mim pelo voto popular é uma vitória. Não me sinto mais sozinho: tenho a Câmara inteira para garantir as minhas prerrogativas."