Alexandre Kalil (PSD) lidera a disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte. A exatos 118 dias do primeiro turno da eleição municipal, em 15 de novembro, o atual chefe do Executivo tem 36% das intenções de voto na pesquisa espontânea – na qual nenhum nome é apresentado ao entrevistado – e 54% na estimulada, em que vários possíveis candidatos são mostrados ao eleitor. O levantamento foi feito pela Quaest Consultoria e Pesquisa.
Na citação espontânea, aparece em segundo lugar a deputada federal Áurea Carolina (PSOL), com 1% das intenções de voto. Os demais candidatos, juntos, somam 2%, enquanto 43% dos entrevistados se mostraram indecisos. Outros 18% responderam que não votariam em ninguém ou votariam em branco ou nulo.
Já na pesquisa estimulada, Kalil aparece com mais da metade das intenções de voto, o que configuraria a reeleição no primeiro turno. Em seguida, estão o deputado estadual João Vítor Xavier (Cidadania), com 8%; o ex-secretário estadual Rodrigo Paiva (Novo), com 4%, e o deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos), com 3%.
Nilmário Miranda (PT), o deputado estadual Bruno Engler (PRTB) e Áurea Carolina (PSOL) aparecem empatados, com 2%. Os demais candidatos ficaram com 0%. Do total de entrevistados, 15% não sabem ou não responderam em quem votariam; e 8% não pretendem votar em ninguém ou votariam em branco ou nulo.
Foram ouvidas 600 pessoas na capital mineira, entre os dias 14 e 18. A margem de erro é de 4%, para mais ou para menos. Vale lembrar que são levadas em conta as pré-candidaturas, já que ainda não houve as convenções que homologarão os nomes das diversas legendas. A pesquisa realizada pela Quaest foi registrada na Justiça Eleitoral com o número 05654/2020, em 14 de julho.
Cenário
Para o cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest, a pesquisa confirma a situação favorável de Alexandre Kalil (PSD), mas mostra que o cenário ainda não está decidido.
"No espontâneo, há uma diferença muito grande do prefeito para os demais, mas, por outro lado, o número de indecisos ainda está elevado. Já no estimulado, o percentual de Kalil estaria, com a margem de erro, na fronteira entre a reeleição em primeiro turno ou a necessidade de um segundo turno. Pesam a favor dele, além da avaliação favorável de sua administração, o fato de ser o nome conhecido e colocado na disputa”.
Para o cientista político, a oposição mostra inicialmente uma grande fragmentação política. “Há possibilidade de chegarmos a 14 candidatos. Se não houver uma estratégia e com tantas opções, o eleitor pode acabar se confundindo e optar pelo nome que ele mais conhece".