O deputado André Janones se manifestou nesta terça-feira (23) defendendo sua participação na CPMI dos atos golpistas de 8 de janeiro. 

Em publicação no Twitter, Janones destacou que a hashtag "Janones na CPMI" ficou no topo dos assuntos mais comentados da rede social. "O movimento para me deixar fora da CPMI repete o mesmo erro que levou Bolsonaro ao poder: o elitismo e preconceito que faz com que a esquerda, corriqueiramente, ignore a voz que vem das redes. Infelizmente, parece que alguns ainda não entenderam que a 'voz das redes' de hoje em dia, é o que chamávamos de 'voz das ruas' nos anos 90, ou seja: o povo", afirmou o parlamentar governista. 

A CPMI vai ser instalada na quinta-feira (25), às 9h. Na ocasião, também será eleito o presidente do colegiado, que reunirá 32 parlamentares titulares, sendo 16 senadores e 16 deputados, com igual número de suplentes.
 
A CMPI do 8 de janeiro terá 180 dias para investigar os atos de ação e omissão ocorridos nas sedes dos três Poderes e que culminaram na prisão de mais de 300 pessoas, entre eles o ex-secretário de segurança pública do Distrito Federal, Anderson Torres. A reunião de instalação deve ser presidida pelo senador Otto Alencar (PSD-BA), parlamentar de maior idade entre os integrantes.

Leia, abaixo, o post de Andre Janones na íntegra:

O movimento para me deixar fora da CPMI repete o mesmo erro que levou Bolsonaro ao poder: o elitismo e preconceito que faz com que a esquerda, corriqueiramente, ignore a voz que vem das redes. Infelzinebge, parece que alguns ainda não entenderam que a “voz das redes” de hoje em dia, é o que chamávamos de “voz das ruas” nos anos 90, ou seja: o povo! 

A sensação de pertencimento que o bolsonarismo deu a essa pessoas gerou um efeito comparável ao que o bolsa família também proporcionou: a sensação de não serem mais invisíveis. 

A diferença é que, se o bolsa família custou milhões, essa outra não custou um único centavo sequer: bastou saber COMUNICACAR de maneira inclusiva e eficiente! 

E foi justamente por enxergar essas pessoas e dar-lhes voz, que já em um primeiro mandato como deputado, cheguei a ocupar o quarto lugar na disputa presidencial, com 3 vezes mais intenções de votos do que Tebet, Eduardo Leite, Dória, e outros tidos como mais “expressivos”.

Ouvir a voz das redes é sentar no chão da fábrica . É dialogar com quem dá, ou pelo menos deveria dar, as cartas: o povo, o trabalhador, o brasileiro “comum”. 

Prova disso é que na tarde desta terça feira,  o termo JANONES NA CPMI, mesmo tendo sido puxado somente por mim, chegou ao PRIMEIRO LUGAR nos assuntos mais comentados do Twiter, ultrapassando hastags com tuitaços marcados desde ontem, e que contaram com a mobilização de deputados, artistas, senadores , intelectuais e etc. Isso mais uma vez sinaliza algo que, espero eu, quem pode mudar essa realidade sabe interpretar. Caso contrário, a surra eleitoral será inevitável.