RELAÇÃO

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta quarta-feira (7) que o “interesse nacional” deve ser colocado à frente de questões pessoais na relação entre o Poder Executivo e o Congresso Nacional. A declaração foi feita em meio a atritos entre o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e membros do governo federal.

"Acho que o interesse nacional deve se sobrepor a eventuais diferenças pessoais, ou vaidades pessoais, seja quem for. É fundamental colocar o interesse na nação e quanto mais transparente e aberto for o debate, melhor", afirmou o ministro durante evento do BTG Pactual, em São Paulo.

Nos últimos dias, Lira tem feito críticas e cobranças públicas ao Planalto, sobretudo devido ao veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a R$ 5,6 bilhões em emendas parlamentares impositivas, no projeto do Orçamento de 2024, e a um cronograma para o pagamento obrigatório das verbas, na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Além disso, Lira rompeu com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela articulação política com o Parlamento, alegando que ele não tem cumprido acordos feitos com a Câmara. Desagrada ao deputado a postura de Lula de manter Padilha no cargo.

Ainda nesta quarta-feira, Rui Costa defendeu o veto de Lula em relação às emendas. Segundo o ministro, o valor rejeitado não constava no acordo feito entre governo e Congresso, que teria sido de R$ 11 bilhões, e não de R$ 16,7 bilhões, como aprovado pelos parlamentares.

"Eu participei no final do ano de um diálogo direto com o presidente da Câmara, o acordo que nós fizemos será cumprido. Foi de incorporar as emendas de comissões o valor de R$ 11 bilhões. Esse foi o acordo. O que foi colocado além disso não faz parte do acordo", apontou.

O TEMPO