O prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva (PT), reforçou em entrevista à TV 247 que houve uma tentativa de golpe no Brasil apoiada por Jair Bolsonaro (PL). De acordo com o chefe do Executivo, a invasão de bolsonaristas à Praça dos Três Poderes no dia 8 de janeiro, em Brasília (DF), "não era só uma manifestação". "Antes havia uma tentativa de golpe articulada", disse o prefeito, que lançou recentemente o livro "Uma cidade na luta pela vida" (Alere Editora), em que relatou os desafios como gestor na pandemia do coronavírus e escreveu sobre as manifestações terroristas. O prefeito citou as ações do presidente Lula para não deixar o País ficar desestabilizado por causa das manifestações golpistas.

Em conversa com o jornalista Joaquim de Carvalho, repórter especial e documentarista do 247, o prefeito destacou a importância de o bolsonarismo ser derrotado na eleição presidencial do ano passado. "Se a gente não derrota, ele teria legitimado tudo o que ele fez, um modelo de gestão que flerta com o fascimo, legitima racismo, homofobia, machismo, estimula a violência".

De acordo com Edinho Silva, a chegou proposta de GLO (Garantia da Lei e Ordem) ao governo. "Isso era conclamado pelos bolsonaristas radicais. Ele (Lula) recusa a GLO e constrói a saída pela vida da democracia, pela recuperação dos poderes. ele se articula com muita habilidade, o Estado retomou o controle (depois os atos golpistas). Ele não governa à distância. É o maior estadista da história brasileira".

Sobre as tentativas de golpe, o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o senador Magno Malta (PL-ES) e o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL-RS) estimularam o ex-ocupante do Planalto a impedir a posse de Lula. Também afirmou que o ex-mandatário consultou militares para uma ruptura institucional. No celular do militar, investigadores encontraram uma minuta para um golpe de Estado no País com a decretação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) - o documento previa estado de sítio "dentro das quatro linhas" da Constituição.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou Bolsonaro a uma pena de oito anos de inelegibilidade por abuso de poder político no Bicentenário da Independência do Brasil em 2022. Antes, o TSE havia condenado, declarado inelegível por oito anos pelo TSE para as próximas eleições, por causa da reunião com embaixadores no ano passado, em Brasília (DF), onde acusou sem provas o sistema eleitoral brasileiro de não ter segurança contra fraudes. As punições de inelegibilidade de diferentes ações não são cumulativas com a primeira condenação

 

Fonte:Brasil247.