Brasil247 - O candidato da frente democrática a presidente, Fernando Haddad, encontrou-se neste sábado (13) com artistas da periferia de São Paulo. Haddad falou sobre alguns projetos do seu plano de governo, como o Minha Casa Minha Vida, o FIES e sobre alguns de seus planos para a área da Cultura da periferias. Ele falou ainda sobre a recusa de Jair Bolsonaro em ir a debates.
O candidato petista voltou a afirmar que está disposto a ir a qualquer lugar, que tenha a garantia de um ambiente sereno de discussão, para debater com seu adversário Jair Bolsonaro. "Precisamos esclarecer a opinião pública sobre os temas que hoje afligem o cidadão brasileiro", disse Haddad, lamentando a postura de seu oponente até aqui. "Quem não tem proposta não tem o que debater. Eu lamento porque se alguém quer presidir o país tem que apresentar um projeto para o país. Não pode passar incólume. Tem que passar pelo crivo do contraditório. Inclusive para esclarecer o que vem dizendo. Não tem paralelo de alguém querer chegar na presidência sem debater".
Haddad disse que vai levar para o governo federal um projeto que fez como prefeito de São Paulo, que destina uma parte do orçamento da pasta para produção cultural das periferias das grandes cidades. "Hoje a periferia é que mais produz cultura e nem sempre recebe apoio do poder público. Uma parte do orçamento voltado para produção cultura vai ser destinada a coletivos de periferia necessariamente".
Perguntado sobre o Partido dos Trabalhadores fará autocrítica, Haddad falou que tem feito isso com frequência. "Todo dia, faço uma crítica de algo que fizemos de forma equivocada, mostrando formas de superação. O ministério que comandei quase 7 tinha uma controladoria muito forte e por isso não tivemos casos de corrupção. O ministério tinha um orçamento de 100 bilhões. Eu vou levar o mesmo tipo de controle para estatais. Para evitar erros que cometemos no passado. Vamos fortalecer esses órgãos de controle", afirmou Haddad. O candidato lembrou que enquanto os acusados de corrupção tiverem recurso, ninguém pode ser considerado culpado. "É preciso garantir amplo direito de defesa. Só a justiça pode condenar. Isso está na Constituição".