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Após ser contrariado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deixou, na noite dessa sexta-feira (27), o gabinete da pasta na avenida Paulista, em São Paulo, sem falar com jornalistas. O ministro voava em direção à capital paulista quando a imprensa começou a publicar as declarações dadas pelo petista, em Brasília, sobre a meta fiscal.
Lula disse que dificilmente o governo entregaria a meta prometida por Haddad no arcabouço fiscal e prevista na peça Orçamentária enviada ao Congresso, de zerar o déficit primário no ano que vem. "Tudo que a gente puder fazer para cumprir a meta fiscal a gente vai fazer. Mas ela não precisa ser zero (...) Não posso começar o ano fazendo corte de bilhões em obras prioritárias para o país", afirmou.
"Então, eu acho que muitas vezes o mercado é ganancioso demais e fica cobrando uma meta que ele sabe que não vai ser cumprida", afirmou Lula durante café da manhã com jornalistas que cobrem a Presidência da República, na capital federal.
O comentário gerou estresse no mercado financeiro ao sugerir maior pressão por mudança da meta, abrindo espaço a mais gastos, como quer a ala política do governo. Chegando a São Paulo, o ministro teve uma reunião às 16h com Makhtar Diop, CEO da International Finance Corporation (IFC), no único compromisso previsto na agenda pública de Haddad nesta sexta-feira.
Em agosto, o governo enviou ao Congresso Nacional a proposta de Orçamento para o ano de 2024 com a estimativa de um déficit zero em suas contas. Esse objetivo dependia de medidas para aumentar a arrecadação, no valor de R$ 168 bilhões, e tentar atingir o "equilíbrio" nas contas públicas.
Embora a busca pelo déficit zero tenha sido uma promessa do Ministério da Fazenda e já estivesse incluída no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024, desde o início, ela enfrentou ceticismo tanto por parte do mercado financeiro. E, agora, do presidente Lula.
Fala ‘Brochante’
O relator do Orçamento de 2024, Danilo Forte (União Brasil-CE) disse que as declarações de Lula “causam constrangimento” ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “Trata-se de uma fala brochante para a pauta econômica, que sofre resistências no Legislativo”, escreveu.
(Com informações de Agência Estado)
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Após ser contrariado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deixou, na noite dessa sexta-feira (27), o gabinete da pasta na avenida Paulista, em São Paulo, sem falar com jornalistas. O ministro voava em direção à capital paulista quando a imprensa começou a publicar as declarações dadas pelo petista, em Brasília, sobre a meta fiscal.
Lula disse que dificilmente o governo entregaria a meta prometida por Haddad no arcabouço fiscal e prevista na peça Orçamentária enviada ao Congresso, de zerar o déficit primário no ano que vem. "Tudo que a gente puder fazer para cumprir a meta fiscal a gente vai fazer. Mas ela não precisa ser zero (...) Não posso começar o ano fazendo corte de bilhões em obras prioritárias para o país", afirmou.
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Em agosto, o governo enviou ao Congresso Nacional a proposta de Orçamento para o ano de 2024 com a estimativa de um déficit zero em suas contas. Esse objetivo dependia de medidas para aumentar a arrecadação, no valor de R$ 168 bilhões, e tentar atingir o "equilíbrio" nas contas públicas.
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Fala ‘Brochante’
O relator do Orçamento de 2024, Danilo Forte (União Brasil-CE) disse que as declarações de Lula “causam constrangimento” ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “Trata-se de uma fala brochante para a pauta econômica, que sofre resistências no Legislativo”, escreveu.
(Com informações de Agência Estado)