Brasil247 - Em coletiva de imprensa a jornalistas nesta segunda-feira 8, um dia após o primeiro turno das eleições e depois de visitar o ex-presidente Lula, o candidato da frente democrática na disputa presidencial de 2018, Fernando Haddad, destacou que o debate econômico será o mote do segundo turno. "O projeto neoliberal que o lado de lá representa e o projeto de bem estar social que nós representamos", detalhou. "Esse é um núcleo importante da nossa divergência. O retorno do neoliberalismo vai agravar a crise", avaliou.
Ele definiu como um "feito" um candidato com 22 dias de campanha ter chegado ao segundo turno com 30% dos votos, "disputando com veteranos. Veteranos que eu respeito, que já disputaram outras eleições". E afirmou que agora irá sentar com outros candidatos, citando o PSB e Ciro Gomes, que disputou a presidência pelo PDT.
"Vou conversar com as forças democráticas do país, com alguns candidatos, queremos que as forças democráticas estejam unidas em torno de um projeto de desenvolvimento com inclusão social", disse. "Terei a maior satisfação de sentar com o @cirogomes e os demais candidatos. Tenho o maior respeito por eles e é assim que se faz democracia", acrescentou.
Haddad prometeu ir a todos os debates na televisão. "Participei de todas as sabatinas em que fui convidado. Mesmo só tendo 22 dias de campanha", disse. Já há seis debates marcados para acontecer durante a campanha do segundo turno na TV.
Questionado se irá rebater as mentiras e os ataques contra sua campanha, Haddad disse que não irá "lidar com mentiras, com disseminação de calúnias, como fizeram comigo e com a minha família". "Não entendo como alguém pode achar que isso contribui com a democracia. Sobre temas relacionados a valores, gostaria de discutir pessoalmente, olho no olho. Agora é muito difícil se defender de um bombardeio via whatsapp com mentiras a seu respeito. Nós não temos dinheiro, nem condição de ficar enfrentando esse tipo de coisa", declarou.
"Então fica o apelo para que a Justiça eleitoral seja mais rápida para retirar essas mentiras contra nós da internet, como só aconteceu no final da campanha, quando conseguimos tirar 35 matérias falsas contra mim e a Manuela. Queremos estabelecer um protocolo ético contra calúnias e difamações anônimas", completou. Ele anunciou que irá propor à campanha adversária um "protocolo ético" e uma "carta de compromisso" contra mentiras disseminadas nas redes sociais.