Deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) participou de entrevista coletiva sobre a reforma. Relator disse que reivindicações de servidores podem ser incluídas no texto, desde que rendam votos pela aprovação.

Por Sara Resende, TV Globo, Brasília

G1

O líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), disse que a discussão da reforma da Previdência em plenário começará no dia 19 de fevereiro e que a emenda aglutinativa (que contém as mudanças apresentadas nesta quarta) poderá ser apresentada no dia seguinte. Segundo Ribeiro, a expectativa do governo é que a proposta seja aprovada até o fim do mês, dia 28 de fevereiro.

Se aprovado, o texto vai para o Senado. O governo quer concluir a tramitação da proposta ainda no mês de fevereiro. Para isso, corre contra o tempo para conquistar os votos que ainda faltam de deputados e senadores.

"A liderança do governo está encaminhando a todos os parlamentares, para todos os parlamentares sem distinção. Até o dia 28 espero que a gente tenha construído esse cenário com a base para a aprovação. A ideia do presidente [da Câmara] Rodrigo Maia [DEM-RJ], que tem o comando da pauta da Casa, é que a partir do dia 19 discutiremos e vamos trabalhar para concluirmos até o fim de fevereiro. Se o presidente Rodrigo Maia incluir na pauta, e abrirmos o plenário no dia 20, passa a ser a inclusão da materia onde será apresentada a emenda aglutinativa", explicou o líder.

O relator da reforma da Previdência na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), que participou da entrevista coletiva ao lado de Aguinaldo Ribeiro, disse que novas mudanças podem ser feitas na proposta, desde que tragam votos para o governo aprovar o texto.

Maia convocou uma entrevista coletiva na Câmara para falar sobre as negociações em torno da reforma. Ele apresentou a modificação anunciada nesta terça-feira (6), que prevê pensão integral para cônjuge de policial morto em ação. O deputado aproveitou para listar reivindicações de outras categorias sobre mudanças na proposta, e afirmou que esses pontos ainda podem entrar no texto.

"Isso [reivindicações de setores por mudanças na reforma] são pontos colocados e não estão impedidos de constarem no texto. Porque o plenário da Câmara pode discutir e fazer alterações. Eu, como relator, posso dizer que só façamos qualquer tipo de alteração que tenham resultado em voto. Não adianta fazer concessão para quem está contra a reforma", afirmou o deputado.

O início da votação da reforma da Previdência na Câmara está marcado para o próximo dia 19.