EQUIPE ECONÔMICA
 
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nomeou três substitutos das quatro vagas deixadas pelos secretários que pediram demissão na semana passada no Ministério da Economia. A debandada ocorreu após o governo propor manobra de furar o teto de gastos para bancar o Auxílio Brasil, criado para substituir o Bolsa Família.

As nomeações foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU), nesta sexta-feira (29/10).


Acompanhe as mudanças:


Secretário de Tesouro e Orçamento Bruno Funchal substituído por Esteves Pedro Colnago Júnior
Secretário do Tesouro Nacional Jeferson Bittencourt substituído por Paulo Fontoura Valle
Secretária-especial-adjunta de Tesouro e Orçamento Gildenora Dantas substituída por Júlio Alexandre Menezes da Silva
Secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Araujo, exonerado, mas ainda sem substituto nomeado
Também nesta sexta, Rafael Bastos da Silva foi nomeado como novo secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, na vaga de José Mauro Coelho, que pediu demissão do posto e foi exonerado.


Debandada


Os secretários e seus respectivos adjuntos já haviam anunciado suas demissões na última quinta-feira (21/10), mas continuavam despachando com o ministro Paulo Guedes, até que seus substitutos fossem anunciados.


Todos os quatro servidores alegaram motivos pessoais, porém os anúncios de demissões vieram após o governo federal confirmar que planejava uma manobra para driblar o teto de gastos para viabilizar um auxílio social de R$ 400 até o fim de 2022, ano em que o presidente tentará a reeleição.


O Auxílio Brasil vem para substituir o Bolsa Família, criado há 18 anos pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, maior adversário político de Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2022. O programa de transferência de renda que já foi considerado modelo no mundo faz seu último pagamento nesta sexta-feira a mais de 1 milhão de beneficiários antes de sair de cena.