Começou hoje (16), no Ministério da Justiça, a Jornada de Trabalho de Promoção da Segurança e Defesa da Mulher, um dos desdobramentos do Pacto pela Implementação de Políticas Públicas de Prevenção e Combate à Violência contra as Mulheres, assinado no último dia 7. A ideia, segundo ministros presentes no evento, é a de que o debate de propostas resulte, posteriormente, na elaboração de políticas públicas visando a diminuição da violência praticada contra mulheres.

“Temos aqui representantes de diversas áreas. Precisamos conversar e ouvir para buscar e construir propostas de políticas públicas consistentes. Esse aqui é o melhor lugar. Sempre que se possa pensar em aprimoramento legislativo, muito se depende de ações executivas que não necessariamente demandam lei. Para construir essas ações executivas, o ponto principal são boas ideias. Daí a presença de vocês aqui”, disse o ministro da Justiça, Sergio Moro, na abertura do evento.

Além do Ministério da Justiça, o pacto conta com a participação de mais 10 órgãos, entre eles o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. De acordo com a ministra da pasta, Damares Alves, em seis meses de governo o país já é outro. “Vivemos um novo momento no Brasil, e os números já mostram isso. A violência já diminuiu”, disse a ministra referindo-se a dados divulgados pelo Ministério da Justiça, segundo os quais houve uma redução de 21,2% no número de homicídios dolosos nos primeiros quatro meses do ano.

“Sabe o que descobri? Que alguns teóricos, estudiosos e pesquisadores estão doidos para tentar explicar o que aconteceu nesses meses. Eles não encontram respostas. Estão querendo entender que fenômeno foi esse. Eles estão atrás de teses, pesquisas e não conseguem explicar. Estão apavorados porque a teoria deles não deu certo. O caos pregado e profetizado não aconteceu”, disse a ministra.

Damares disse acreditar que, em breve, os resultados das políticas públicas de segurança serão reconhecidos internacionalmente. “Se os números já estão aí, eu acredito que daqui a um ano o mundo todo vai olhar para cá e vai dizer ‘o que aconteceu com aquela nação, que era uma das piores do mundo?’.Quero ver todos eles se questionando. Eu consigo ver um comentarista de televisão lá fora dizendo que não sabe o que aconteceu [no Brasil], mas aquele povo se uniu e disse o que é possível. Essa profecia eu faço, o mundo vai olhar e dizer: os tupiniquim conseguiram’”, completou.