O governo de São Paulo projeta cerca de 220 mil casos do novo coronavírus e está preparando empréstimo de US$ 100 milhões (mais de 500 milhões de reais) ao Banco Mundial para combater a doença, segundo informações divulgadas pelo jornal Terra.

O dinheiro será utilizado para a instalação de pelo menos 500 novos leitos de UTI, comprar testes de diagnóstico da Covid-19 e desenvolver tecnologia de telemedicina e de aplicativos para dispositivo móveis.

De acordo com a Secretaria de Saúde estadual, ao menos R$ 1,2 bilhões extras serão necessários para enfrentar o surto do vírus em São Paulo. Por isso, o coordenador de Serviços da Saúde de São Paulo, Ricardo Tardelli, afirma ser “muito significativo” o financiamento do Banco Mundial.

Além disso, o valor pode ser usado também para ressarcir gastos já feitos para conter e remediar a gripe. O prazo previsto para extinção do empréstimo é de 35 anos. A contrapartida para o governo é de US$ 25 milhões, ou seja, no total, o projeto é de cerca de US$ 125 milhões (mais de R$ 625 milhões).

O Estado de São Paulo é o epicentro do pandemia de coronavírus no Brasil, com mais de 4.500 casos e 260 mortos. A região também registra cerca de 48% das hospitalizações por Síndrome Aguda Respiratória Grave (SARG) do País.

De acordo com o governo, 40 mil pacientes necessitarão usar leitos durante a pandemia, e outros 11 mil necessitarão de UTI. São Paulo tem 15 mil leitos de UTI públicos e privados, sendo 7,2 mil leitos dedicados ao SUS.