ESCALADA

O Itamaraty informou, no início da noite deste sábado (13), que está “monitorando a situação” entre Irã e Israel. O Irã lançou dezenas de drones e mísseis em direção ao país. A informação foi confirmada pelo porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), Daniel Hagari, e pela  Guarda Revolucionária do Irã.

As embaixadas do Brasil na região estavam em alerta desde sexta-feira (12). Em Israel, por exemplo, o governo orientou que aqueles que julgassem ser essencial a permanência em Israel, que evitassem deslocamentos até as áreas de fronteira”, orientou. Já no Irã, a embaixada está auxiliando membros da comunidade brasileira para uma saída do país. 

O ataque aéreo com cerca de 100 artefatos demoraria algumas horas para chegar no território israelense e, de acordo com o departamento de segurança de Israel, são defensáveis. Para conter a situação, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, convocou um gabinete de guerra. 

Já a Casa Branca informou que os Estados Unidos irão apoiar Israel na defesa do território. Antes da confirmação dos ataques, tropas norte-americanas foram enviadas ao Oriente Médio na manhã deste sábado. O receio era uma escalada entre Irã e Israel, após os seis meses de guerra entre o Exército israelense e o Hamas. 

Os EUA possuem um contingente de cerca de 40 mil militares empenhados nos países próximos à região do conflito. A preocupação com um conflito regional ocorreu após o Irã prometer responder ao bombardeio contra o seu consulado em Damasco, que matou dois generais em 1º de abril. O país culpa Israel pelo episódio. 

O estopim se deu após a Guarda Revolucionária Iraniana apreender, neste sábado, um navio de carga português que ela diz estar "ligado a Israel", no Estreito de Ormuz. De acordo com a IRNA, agência de notícias estatal iraniana, um helicóptero das forças especiais da Marinha da Guarda abordou o navio, chamado MSC Aries, e o levou para águas territoriais do Irã.