O depoimento do ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten na CPI da Covid apavora o Planalto. O ex-braço direito de Bolsonaro é descrito no Planalto como alguém “estourado” e “encrenqueiro”, informa Bela Megale.  A ordem do governo à  tropa de choque de Bolsonaro da CPI é que a acareação entre ele e o general e ex-ministro Eduardo Pazuello seja “evitada a qualquer custo”.

Nesta quinta-feira (29), os senadores que integram a base do presidente conseguiram adiar a votação do requerimento que pede a convocação de Wajngarten. A previsão é que ele fale na CPI no dia 10 de maio.

Auxiliares de Bolsonaro afirmam que a situação será ainda mais preocupante se for marcada uma acareação entre Wajngarten e o Pazuello, como defendeu o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).


Os dois se tornaram inimigos quando estavam no governo. O ex-chefe Secom culpava o general pelo atraso na vacinação e Pazuello reclamava que ele estava “se metendo” em assuntos da Saúde, ao intermediar contatos da Pfizer com o governo. Em entrevista à revista Veja, o ex-secretário culpou a equipe comandada por Pazuello pela “incompetência” e “ineficiência” na compra de vacinas contra a Covid-19.Na entrevista, Wajngarten falou sobre o desempenho de Pazuello e sua equipe nas negociações com a Pfizer: "Incompetência e ineficiência. Quando você tem um laboratório americano com cinco escritórios de advocacia apoiando uma negociação que envolve cifras milionárias e do outro lado um time pequeno, tímido, sem experiência, é isso que acontece", afirmou. "Estou me referindo à equipe que gerenciava o Ministério da Saúde nesse período", acrescentou.