Rio de Janeiro - O governador eleito do Rio, Wilson Witzel (PSC), voltou a defender uma política de extermínio no Estado, com a liberação para que as polícias fluminenses matem bandidos que estiverem carregando fuzis. "O correto é matar o bandido que está de fuzil. A polícia vai fazer o correto: vai mirar na cabecinha e... fogo! Para não ter erro", disse. "Vai reduzir os índices de bandido de fuzil em circulação", afirmou.
"Se estiver mirando em alguém, tem de receber tiro na cabeça na hora", acrescentou. "Está de fuzil? Tem de ser abatido", afirmou ele em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, publicada nesta quinta-feira (1).
Witzel afirmou que, "se for um ato em confronto, em que o policial está acobertado por uma excludente de ilicitude, não é morte em combate". "A excludente está no Código Penal desde 1940, Artigo 25. (Responsabilização) e alguma. É auto de resistência e arquivo. O ato é lícito", complementou.
Duas perguntas da repórter Roberta Pennafort mereceram respostas que indicam o tamanho do massacre que pode estar rondando o Rio:
Houve casos de pessoas que morreram porque estavam com uma furadeira ou um guarda-chuva. Os policiais se confundiram. Atira primeiro e verifica depois?
Quem atirou é um incompetente, não devia ter atirado. Não estava preparado. Se fizer um curso de “sniper”, vai estar preparado para identificar quem está de guarda-chuva.
Se matar bandido reduzisse a violência, o Rio seria um paraíso...
Então não está matando, não é? Está deixando de matar.
Questionado sobre eventuais processos contra policiais que matarem criminosos, Witzel respondeu: "não vai cair no meu colo nada. Vai cair no colo do Estado. O Estado tem de entender que tipo de segurança quer quer".
De acordo com o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, a proposta do governador eleito é ilegal. "A proposta precisa passar pelo crivo das leis, da legislação e da Justiça. Não podemos ter atividades que não sejam dentro das normas, das leis. E hoje ela (a proposta) não está. Precisa de uma modificação legislativa", afirmou o titular da pasta, nesta quarta-feira (31), após reunião do Conselho de Segurança Públcia da Firjan (leia mais na matéria do jornal paulista).
Fonte; Brasil 247