247 - A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), criticou nesta quarta-feira (4) a fuga da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) do Brasil após ser condenada a 10 anos e 8 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo Gleisi, Zambelli se junta ao deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está morando nos Estados Unidos, por temer consequências judiciais no Brasil.

“Carla Zambelli junta-se a Eduardo Bolsonaro na conspiração dos fugitivos contra a Justiça e a soberania do Brasil. Ela, condenada por seus crimes, e ele, alvo de investigação policial, mentem e difamam nosso país. Ditadura estaríamos vivendo se vingasse a tentativa de golpe contra a eleição de Lula para manter Jair Bolsonaro no poder”, disse.

Gleisi afirma que Eduardo e Zambelli são “conspiradores fugitivos”, que tentam articular uma intervenção externa na Justiça. “Ditadura foi o regime dos torturadores que Bolsonaro idolatra e que tanto horror causaram no país. Na realidade, os conspiradores fugitivos querem uma intervenção externa no Judiciário e no processo político brasileiro, o que o presidente Lula já declarou inadmissível. Este país é soberano, é uma democracia, tem leis e Constituição em vigor que todos devem respeitar”, completou.

Carla Zambelli anunciou na última terça-feira (3) que estava fora do Brasil, vinte dias após ser condenada pelo STF a 10 anos e 8 meses de prisão por uma invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela deixou o país pela fronteira com a Argentina e seguiu para Buenos Aires, de onde pegou um voo até os Estados Unidos. 

Nesta quarta-feira (4), o ministro Alexandre de Moraes, do STF, decretou a prisão preventiva de Zambelli. Condenada a dez anos de prisão, ela também teve bens bloqueados e seu nome incluído na lista de difusão vermelha da Interpol, por solicitação da PGR.