Brasil247 -  A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), reagiu às críticas do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), feitas no AgroFórum do BTG Pactual, nesta quarta-feira (13). Em publicação nas redes, Gleisi afirmou: “O que o Brasil não aguenta mais é gente que torce contra o país”.

Na postagem, Gleisi associou o discurso do governador ao escândalo revelado pelo Ministério Público em São Paulo. Ela escreveu: “Um dia depois do Ministério Público desvendar um esquema bilionário de propinas na Secretaria de Fazenda de São Paulo, o governador Tarcísio vem dizer que o Brasil ‘não aguenta mais corrupção’ e ‘não aguenta mais Lula’. Com que autoridade ele diz isso? Logo ele, que bateu palmas para o tarifaço de Bolsonaro e Trump. Enquanto o governo federal apresentava medidas para proteger o país, Tarcísio, Ratinho, Caiado e Leite estavam atacando o governo num evento de banqueiros. O que o Brasil não aguenta mais é gente que torce contra o país que coloca seus interesses pessoais e políticos acima dos interesses de nossas empresas, trabalhadores e famílias”.

Tarcísio eleva o tom e mira Lula

Segundo análise divulgada pela CNN, Tarcísio adotou um tom mais duro contra o governo federal no palco do AgroFórum, promovido pelo BTG Pactual. Foi ali que, pela primeira vez, mencionou Lula nominalmente, ao afirmar que o Brasil “não aguenta mais” o presidente e o PT. O movimento é interpretado como um ajuste de rota: uma crítica direta ao Planalto, com potencial de reorganizar as placas da oposição

Palanque da direita e cálculo eleitoral para 2026

O evento reuniu outras lideranças do campo oposicionista, como os governadores Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) e Ratinho Junior (PSD-PR), além de Eduardo Leite (PSD-RS). O encontro virou vitrine para discursos alinhados contra a gestão federal e foi lido por analistas como um passo inaugural na composição do tabuleiro de 2026. Embora Tarcísio não tenha definido se disputará a reeleição em São Paulo ou uma candidatura presidencial, sua postura o recoloca no centro da disputa pelo espólio político bolsonarista — espaço onde também se movem Ratinho Junior e Eduardo Leite.