O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), apoiou nesta segunda-feira (5) a defesa da proposta de Semipresidencialismo como sistema de governo do Brasil a partir de 2026, feita pelo também ministro do STF Luis Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

"As sucessivas crises do nosso sistema  - com incansáveis invocações de impeachment - reclamam uma reforma que garanta a co-responsabilidade do Congresso Nacional nos deveres de Governo. Representatividade e governabilidade podem andar juntas", disse o ministro Gilmar Mendes pelo Twitter.

Durante Durante o Simpósio Interdisciplinar sobre o Sistema Político Brasileiro, Luís Roberto Barroso afirmou que no sistema ‘semi-presidencialista’, o presidente conduziria as relações internacionais, nomearia os embaixadores, seria o comandante-em-chefe das Forças Armadas, indicaria os ministros de tribunais superiores e apontaria o primeiro-ministro.


“Porém, este primeiro-ministro depende de aprovação pelo Congresso Nacional. E será o primeiro-ministro quem desempenhará o papel de chefe de governo e conduzirá o varejo político da vida de um país”, explicou Barroso.

Durante sua participação no simpósio, Barroso reconheceu que a ex-presidenta Dilma Rousseff não foi afastada do cargo por crime de responsabilidade em 2016, mas por "perda de sustentação política", reconhecendo na prática o golpe contra a petista.